Os preços de carros novos e usados disparou, o aumento foi de 18,24%

Os preços de carros novos e usados disparou, o aumento foi de 18,24%
Foto: reprodução

A pandemia trouxe inúmeras mudanças para o dia a dia das pessoas. Em geral, o preço de tudo aumentou e disso o valor dos veículos não escapou das altas. Houve uma grande elevação no preço dos carros zero quilômetro, pela alta demanda e a baixa oferta no mercado.

Mas, diante da escassez de carros novos no mercado, as pessoas começaram a buscar carros seminovos e usados, com isto tiveram uma grande valorização, e hoje o valor nominal de muitos modelos usados têm maior valor do que quando foram comprados. Na média calculada em doze meses até março deste ano, o aumento do preço dos veículos foi de 18,24%.

Esse aumento é superior à inflação, de acordo com a medição do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) a inflação acumulada desde maio do ano passado até maio deste ano foi de 11,73%.

De acordo com os dados do Banco Central, até os primeiros dias do mês, para fazer o financiamento de um veículo, as taxas variam entre 14,94% e 57,14% ao ano (1,17% e 3,84% ao mês). Com isto a compra do veículo se torna bastante cara. Por exemplo:

Para comprar um veículo de R$ 85 mil, parcelado em 5 anos, como o financiamento padrão e uma entrega de R$ 20 mil. Se o comprador conseguir fazer a operação com os menores juros do mercado (1,17% a.m.) terá que pagar 60 parcelas de R$ 1.513,78.

No entanto, se conseguir somente um financiamento de 3,84% de juros ao mês, terá 60 parcelas de R$ 2.786,52. Mensalmente a diferença entre uma opção e a outra é de R$ 1.272,74.

No primeiro caso, os R$ 65 mil financiados se transformam em R$ 90.826,80, sendo R$ 25.826,80 de juros. No segundo, o custo fica em R$ 167.191,20, dos quais R$ 102.191,20 são juros.

Isto é, quem compra um veículo e financia pode pagar entre R$ 110 mil e R$ 187 mil, dependendo da modalidade de financiamento e sua capacidade de pagamento. Depois da pandemia, alcançar o sonho do carro próprio ficou um pouco mais difícil.

Além do valor das parcelas do financiamento o comprador deve considerar o gasto mensal que terá com o veículo, além do combustível e do estacionamento se precisar é preciso considerar uma cobertura para o novo bem.

Apesar de que atualmente existem diferentes tipos de seguro, que oferecem maior flexibilidade ao cliente e variedade de preços, é preciso analisar muito bem os prós e contras de cada um, para poder escolher o que mais convém em relação ao custo benefício.

Por exemplo, há alguns meses atrás uma cobertura para terceiros de R$ 50 mil, geralmente era suficiente para cobrir os gastos em caso de provocar um acidente. Porém, se hoje um carro de base custa mais de R$ 70 mil, provavelmente o seguro indemnize somente até o valor contratado e o restante deverá ser arcado pelo segurado. Considerando estas situações, é conveniente contar com amplas coberturas, embora seja preciso pagar um pouco mais.

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