Cérebro por trás dos piratas somalis, bancou e planejou o sequestro de dezenas de navios nos anos 2000, inclusive um cargueiro com tanques de guerra. Jurava ter se regenerado e abandonado a carreira. Foi preso em 2013 na Bélgica, após ser atraído por agentes para colaborar em um “documentário” sobre pirataria.
9. Eustácio, o Monge – c.1170-1217, Canal da Mancha
Algumas pessoas demoram para achar sua vocação. Antes de 1204, Eustácio havia sido burocrata e monge. Então se desentendeu com o Conde de Bolonha, que pediu sua cabeça. Tomou um navio, passou a atacar a França natal a pedido do rei da Inglaterra e, mais tarde, a Inglaterra, a pedido da França. Coerência não era seu forte.
8. Felix von Luckner – 1881-1966, Atlântico e Pacífico
Durante a Primeira Guerra, a Marinha alemã equipou um enorme veleiro comercial com metralhadoras e canhões escondidos. Sob o comando do almirante von Luckner, o “pirata do kaiser”, o SMS Seeadler capturou e afundou 15 navios da França, Reino Unido e EUA. Luckner era um pirata do bem: nunca matou nenhum marinheiro adversário.
7. Fuma Kotaro – ?-1603, Mar de Seto (Japão)
Sua trupe de ninjas servia ao clã Hojo, senhores feudais derrotados em 1590. Desempregado, tornou-se um wako, pirata japonês. Em 1593, o futuro xogum Tokugawa Ieyasu enviou o ninja Hanzo Hattori para matá-lo. Kotaro atraiu o rival para um estreito, jogou óleo na água e ateou fogo. O pirata continuou no crime.
6. François L’Olonnais – 1635-1668, Caribe
Sua especialidade era atacar cidades, como Gibraltar, na Venezuela, um grande centro comercial que reduziu a cinzas. Certa vez, exigiu de dois soldados que indicassem o caminho de um assentamento espanhol. Sem resposta, abriu um deles com a espada e passou a comer seu coração. O outro decidiu falar. Ironicamente, morreu comido por canibais.
5. Barba Negra (Edward Teach) – 1680-1718, Caribe e EUA
A fama precedia o capitão do Queen Anne’s Revenge, um especialista em terror psicológico que fazia tranças em sua longa barba e acendia fósforos embaixo de seu chapéu, dando a si mesmo um aspecto de selvagem enlouquecido. Na realidade, era um dos piratas menos violentos: nenhum refém morreu em seu cativeiro.
4. Henry Morgan – 1635-1688, Caribe
Corsário – o pirata autorizado por autoridades -, era tão eficiente em atacar espanhóis, a serviço da Inglaterra, que acabou preso por isso. Em 1671 assaltou a cidade do Panamá, sem saber que o rei havia negociado a paz com a Espanha, o que tornava seu ato ilegal. Quando as relações azedaram novamente, Morgan foi solto e se tornou governador da Jamaica.
3. Henry Avery – 1659-?, Índico e Caribe
Sua carreira só durou dois anos, mas nem precisava mais. Foi autor do maior ato de pirataria da história: em 1695, sua tripulação atacou cargueiros do Império Mughal (Índia) no Mar da Arábia. O resultado foi um butim de 600 mil libras (cerca de 1 bilhão de dólares hoje), o que levou a uma caçada internacional pelos oceanos. Avery escapou com a fortuna.
2. Barba Ruiva (Khair ed-Din) – 1478-1546, Mediterrâneo
Literalmente, o rei dos piratas. Após anos tomando navios cristãos, em 1516, o corsário turco capturou a cidade de Argel (na atual Argélia) dos espanhóis. Pedindo proteção ao sultão otomano, foi reconhecido como paxá (governador) da região, dando início ao reino pirata da Berberia, que aterrorizaria o Mediterrâneo por séculos.
1. Bart Roberts – 1682-1722, Atlântico
Ninguém dava nada para o oficial náutico sequestrado de um navio negreiro em 1719. Em seis semanas, com a morte do capitão dos piratas, ele foi eleito o novo líder. Começando com um ataque à costa do Brasil, Roberts se tornaria o bucaneiro mais prolífico da História: em menos de três anos, até ser morto por um canhonaço, capturou 470 navios.