“Portanto, meus amados irmãos, mantenham-se firmes, e que nada os abale. Sejam sempre dedicados à obra do Senhor, pois vocês sabem que, no Senhor, o trabalho de vocês não será inútil.” (1 Corintios 15.58)
Condição sine qua non é o mesmo que condição indispensável, fundamental. Dedicar-se a obra de Deus envolve, indispensavelmente, um compromisso de amor. É preciso que nossas motivações e atitudes correspondam à ética do Reino de Deus. E na ética do Reino de Deus, sem amor, nada tem valor. Amar é condição sine qua non. Veja o que o apóstolo Paulo disse a respeito, nesta mesma carta onde temos o verso de nossa devocional: “Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, serei como o sino que ressoa ou como o prato que retine. Ainda que eu tenha o dom de profecia e saiba todos os mistérios e todo o conhecimento, e tenha uma fé capaz de mover montanhas, mas não tiver amor, nada serei. Ainda que eu dê aos pobres tudo o que possuo e entregue o meu corpo para ser queimado, mas não tiver amor, nada disso me valerá.” (1 Co 13.1-3) Está vendo como o amor é inegociável na vida no Reino de Deus?
Jesus também deixou isso claro. Diante de tantos mandamentos, além dos Dez Mandamentos, que ocupavam a mente os religiosos judeus, Jesus deixou claro que o maior de todos era o mandamento de amar. Amar a Deus sobre tudo e ao próximo como a nós mesmos. Paulo compreendeu corretamente e escreveu ao cristãos de Roma o seguinte: ”Pois estes mandamentos: “Não adulterarás”, “não matarás”, “não furtarás”, “não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento, todos se resumem neste preceito: “Ame o seu próximo como a si mesmo”. O amor não pratica o mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento da lei.” (Rm 13.9-10). Há dúvida para você de que não podemos verdadeiramente estar envolvidos na obra de Deus se não estivermos dispostos a amar? O chamado para sermos sempre dedicados à obra do Senhor é também o chamado para que tenhamos amor a Deus e ao próximo como mandamentos orientadores de nossa vida.
A obra de Deus não pode ser algo que fazemos para merecer bençãos. Neste caso a motivação seria interesse e não amor. Não a podemos fazer como forma de conquistarmos o direito de sermos recebidos por Deus em Seu Reino, pois o Reino de Deus nos é dado pela graça, por meio de Cristo Jesus. Não pode ser uma forma de nos tornar importantes, de ter nosso ego alimentado ou de garantir que Deus nos livrará de dores ou sofrimento. Tudo isso seria um desvio. Precisamos ser movidos pelo amor. Mas, será que temos amor bastante para isso? Não, não temos. Nosso amor é pouco, frágil e inconstante. O amor necessário para servirmos no Reino de Deus é o amor do próprio Deus ofertado a nós. Recebemos Seu amor e passamos adiante. Damos o que de Deus recebemos. De modo que nada faremos sozinhos, mas sempre envolvidos por Ele. E isso nos transformará. E então, está disposto? Há lugar para você na obra de Deus. Não se sente pronto? Fique tranquilo. Ninguém está. Mas Ele estará conosco e com Ele seremos uma grande benção na vida de muitos!