“Logo em seguida, Jesus insistiu com os discípulos para que entrassem no barco e fossem adiante dele para Betsaida, enquanto ele despedia a multidão. Tendo-a despedido, subiu a um monte para orar.” (Marcos 6.45-47)
Orar é uma prática cristã fundamental para a vida. Orar é a mais pessoal, direta e prática forma de exercício espiritual. Como todo exercício espiritual, seu propósito é nos tornar mais sensíveis a Deus e promover a comunhão com Ele. O resultado mais autentico e apropriado para a oração é a transformação de nossa vida, conforme a vontade de Deus. Ela nos possibilita colocar diante de Deus nossas necessidades e Ele amorosa e graciosamente nos atende. Isto fortalece nossa fé e nosso sentido de segurança diante do cuidado e bondade de Deus.
Jesus veio nos revelar Deus e também nos ajudar a manter nossas disciplinas dentro de seu verdadeiro propósito, pois facilmente as tornamos a expressão de nossa presunção e egoísmo, centrando-as em nós, e não em Deus. Jesus despediu a multidão e subiu o monte para orar. Ele havia acabado de realizar o milagre da multiplicação de pães. Normalmente oramos mais quando algo está dando errado. Quando tudo sai bem, tendemos a orar menos, porque vemos erradamente a oração como uma prática necessária para obtenção de algo, e não como um relacionamento com Deus. Relacionamos oração à obtenção de bênçãos e poder. Jesus a praticava como forma de nutrir comunhão.
Num mundo tão pragmático e que inspira ao máximo nosso egoísmo, orar para nutrir comunhão é um desafio, mas é também uma fonte de saúde emocional para nós. Nela podemos e devemos apresentar a Deus nossas necessidades. As Escrituras nos orientam a isso. Mas orar é aproximar-se de Deus. É falar de nosso frágil coração ao Seu Coração paterno, divino e amoroso. Ao orar hoje, ore mais interessado em Deus do que no que Ele pode lhe dar. Pois a maior dádiva será sempre Sua presença em nossa vida.