Preso desde o dia 21 de março no Presídio Ariston Cardoso após deflagrada a operação Citrus, o ex-vereador mais bem votado na última eleição para a Câmara Municipal de Ilhéus, com 2330 votos, Jamil Ocké foi solto por decisão unânime do Tribunal de Justiça da Bahia nessa quarta-feira (30).
O ex-vereador foi preso acusado de integrar uma quadrilha que cometia fraudes e superfaturamentos em procedimentos licitatórios na Secretaria de Desenvolvimento Social no município, na época em que ocupou o cargo de secretário da pasta. De acordo com o Ministério Público da Bahia (MP-BA) que deflagrou a operação Citrus, o grupo criminoso atuou entre 2009 e 2016, provocando um rombo superior a R$ 25 milhões nos cofres públicos.
No dia 8 de agosto, a Câmara de Vereadores de Ilhéus extinguiu o mandato de Jamil, uma vez que o mesmo esteve afastado do cargo por um período superior a 120 dias. A extinção do mandato legislativo partiu de uma determinação da assessoria jurídica da própria Câmara de Vereadores de Ilhéus, no entanto cabe recurso. Por conta desta determinação, o então suplente, o vereador Luiz Carlos Escuta (PP), passou a ser o titular do mandato.
Apesar da soltura de Jamil Ocké, o empresário Enoch Andrade e o ex-secretário de Desenvolvi mento Social de Ilhéus, Kácio Clay Brandão presos na operação Citrus permanecem no Presídio Ariston Cardoso.