“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo.” (Efésios 1.3)
A questão que define o valor de nossa vida e o alcance de nossas ações como participantes do Reino de Deus não é se temos muito ou pouco, se sabemos o bastante ou quem somos em termos de posição neste mundo. A questão é se estamos satisfeitos e nos sentimos supridos por Deus. Se acreditamos que já temos um tesouro ou se sentimos que ele ainda nos falta. Precisamos de suprimentos para viver neste mundo: casa, coisas, comida, dinheiro… Tanto quanto precisamos colocar tudo isso de volta nas mãos de Deus. Se nos entregamos, então tudo o mais vai junto! A questão não é “o que temos”, mas “a quem isso pertence”.
Veja o que Paulo disse: “Bendito seja aquele que nos abençoou completamente. Ele é o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Ele já nos garantiu tudo e isso nos vem, não de poderes terrenos. É um decreto celestial realizado a nosso favor por meio de Cristo.” Há várias ideias subjacentes aqui. Uma delas é que devemos nos ocupar completamente de dar louvores a Deus com nossa vida, usando tudo à nossa disposição (bens, posição, conhecimento, influência, etc.), sem apego a coisa alguma, porque Ele já nos garantiu tudo. Somos livres para viver segundo Sua vontade, entregar tudo porque tudo já está garantido.
Mas as coisas daqui nos parecem reais demais para abrirmos mão delas. E as coisas de lá nos parecem distantes demais para vivermos por elas. Não é mesmo? E assim não bendizemos a Deus como somos chamados a fazer. Ficamos presos a nós mesmos, agarrando e tentando garantir o que não poderemos reter, o que vamos deixar para trás, a qualquer momento! Possuir como se não possuíssemos é o recomendado no Reino (1Co 7.29-30), para que tudo pertença a Cristo e cumpra em nossa história o propósito de bendizer aquele que tudo nos deu. Lembremos o que disse Jim Eliott: “Não é tolo aquele que abre mão do que não pode reter, para receber o que não pode perder”. Onde está nosso tesouro?