Obras do Estádio de Teixeira de Freitas estão paradas

Obras do Estádio de Teixeira de Freitas estão paradas
Empresa responsável pelas obras estaria em crise
Construtora está em colapso financeiro, disse o prefeito

Virou pasto para animais a área onde foi iniciada a obra de construção do Estádio Municipal Roberto Pereira de Almeida, o Robertão, em Teixeira de Freitas.

Devido a um erro na construção da arquibancada, a obra está parada desde março deste ano e encontra-se abandonada, servindo de refúgio para usuários de drogas.

Orçada em R$ 1.156.674,33 e fruto de um convênio entre o Estado da Bahia, por meio da Superintendência de Desportos da Bahia (Sudesb), e a prefeitura local, que tem 10% de participação no orçamento total, a obra foi iniciada em agosto do ano passado. De acordo coma prefeitura, 38% dos trabalhos estão concluídos, restando nos cofres municipais R$ 700 mil.

O local já funcionava como campo de futebol e era chamado informalmente de estádio; tinha arquibancada de madeira e era semelhante a campos de várzea. “Aqui tinha jogo todo final de semana”, conta o funcionário de um hotel que funciona próximo ao local, e que preferiu não ter o nome divulgado. Quem deveria estar zelando pela obra era o governo municipal, porém não há sequer vigilância na área.

Retomada Apesar de a reportagem de A TARDE constatar, em visita à obra no dia 5 deste mês, que o local estava abandonado, o prefeito da cidade, José Aparecido Staut (PSDB), afirmou que os trabalhos de construção do estádio foram reiniciados, mas por funcionários municipais.

“Eles estão fazendo reforço na arquibancada”, garante prefeito. Staut afirma que a Lob Construções não estava mais na obra “porque está em colapso financeiro”. Procurado, o dono da empresa, Luiz Otávio Cruz Borges, não foi localizado na sede da Lob em Teixeira de Freitas e nem em seu telefone celular.

Segundo o funcionário do hotel, todos os dias podem ser vistos animais pastando no campo. “Vi o local se acabando aos poucos, coma retirada diária de material por parte de vândalos. No canteiro de obras havia vários armários, mesas, telhas de Eternit”, diz ele, apontando para um cenário quase vazio.

O caso está sendo acompanhado pelo Ministério Público Estadual (MPE), que pediu ao Conselho Regional de Arquitetura e Engenharia da Bahia (CREA-BA) que elaborasse um laudo sobre a obra. O Crea informou que, devido a convênio firmado entre o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) e Ministério dos Esportes, cabe a um profissional habilitado pelo Crea a elaboração do laudo.

Equívoco Segundo a Sudesb, a obra foi paralisada porque teria havido um erro de engenharia na estrutura da arquibancada. O projeto do Robertão foi elaborado pela Sudesb. A assessora da diretoria de operações da superintendência, Fátima Sento Sé, culpou a Lob Construções Ltda, a empresa responsável pela construção do estádio, por supostas intervenções indevidas na obra, o que teria causado o dano. “Fizemos um novo estudo sobre a obra e autorizamos, em junho deste ano, que o problema fosse corrigido”, argumenta Fátima Sento Sé.

Fonte: Mário Bittencourt/ A Tarde

 

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