Recentemente, li na seção de obituário, Jaime Santana Sodré Pereira, 73 anos, viúvo, aposentado, natural de Salvador-BA, tinham mais vinte um nomes no dia. Sinto que não foi dito tudo, existem segredos, que são joias raras, escondidas por trás destes nomes, onde há o mistério deixado pela herança da existência de vida.
Jaime Sodré foi historiador e escritor, lutou contra o racismo, sua vida foi coroada pelo que não é visível, que são os ensinamentos para a posteridade, e todos os outros nomes deste obituário, pois cada ser humano tem uma alma que não se confunde com nenhuma outra, são como flores, cada qual enraizada em sua árvore, sem poderem se aproximar, pois teriam de abandonar suas raízes.
As flores deixam seu cheiro no ar por um tempo, mas não podem fazer com que a semente chegue ao lugar certo. Isto cabe ao vento, é ele que espalha o legado deixado pela alma que partiu.
*João é natural de Salvador, onde reside. Engenheiro civil e de segurança do trabalho, é perito da Justiça do Trabalho e Federal. Neste espaço, nos apresenta o mundo sob sua ótica. Acompanhe no site www.osollo.com.br.