Especialista esclarece o uso correto do produto e como prevenir lesões
Em tempos de coronavírus uma série de medidas foram adotadas para evitar o contágio da doença. Durante o isolamento social, são lançadas diversas campanhas para esclarecer a população como manter os cuidados diários e combater a Covid-19. A principal indicação é usar o álcool gel para higienizar as mãos. Mas o uso exagerado do produto pode causar lesões na pele?
Segundo a professora do curso de medicina da Pitágoras Eunápolis, Camila Reis, o uso excessivo do álcool gel provoca o ressecamento na pele, principalmente nas mais sensíveis.
“O álcool tem ação desengordurante e, com isso, desestrutura a barreira de proteção natural da pele, causando o ressecamento e até mesmo fissuras e reações alérgicas. Essas lesões mais profundas podem ser decorrentes de uma dermatite de contato ao álcool, gerando coceira, dor e até sangramentos na área acometida”, afirma.
A concentração ideal para o álcool é de 60 a 90%, sendo a 70% mais adequada por apresentar melhor efeito antisséptico com menor abrasividade para a pele”, frisa a especialista.
Reis indica que a aplicação de cremes e loção hidratante ajuda a reestruturar a barreira cutânea. “Sempre que possível opte por lavar as mãos com água e sabão ao invés do uso do álcool. Deixe o álcool para os momentos em que não puder lavar as mãos”, orienta a dermatologista.