O tempo da pressa

O tempo da pressaJá estamos em julho, metade de 2014, ano que nem sentimos começar. É o tempo e suas falácias. Um poeta espanhol, de quem não me lembra o nome, afirmou: “O tempo tem passado tão depressa/que dá para se pensar/que o tempo tem agora/menos tempo para passar.”

Assim é.

Um quase infartado

O excelente oftalmologista e ótimo caráter Dr. Everton Sandes, em saudável papo com esse escriba, contou que viveu uma das grandes emoções da vida ao ir ao Mineirão assistir Brasil x Chile. Disse-me ele que quase infartou quando, ao final da prorrogação, o Chile meteu a bola na trave. Outra coisa: no segundo tempo, a torcida chilena calou a torcida brasileira no estádio. Everton concorda com esse escriba: a copa está nivelada de médio para baixo e não tem time algum tão superior assim. Emocionado até hoje, ele disse que quase passou mal.

Hoje, é um saudoso quase infartado.

Praça da Copa

Uma excelente sacada do prefeito João Bosco e do secretário Fernandão foi a Praça da Copa. Um local bonito, com um gigantesco telão de Led e o povo reunido em festa para os jogos da seleção. Como festa e alegria ofendem, há os eternos mal humorados que resmungam contra a iniciativa.

Nem deviam ir lá.

Quac!

Um jornalista esportivo francês, de grande influência em toda a Europa, afirmou que a Copa no Brasil foi mais organizada que as Olímpiadas de Londres, principalmente na questão de segurança. Afirmou ainda que as repetidas afirmações que os estádios brasileiros não ficariam prontos a tempo do mundial teve muito do preconceito do hemisfério norte como o do hemisfério sul.

Eles falam, os faróis se apagam.

O tempo, o tempo…

Quatro meses se passaram e nenhuma notícia sobre o esclarecimento do assassinato do jornalista Geolino Lopes Xavier.

Tristes trópicos…

E?

Depois da multidão (fala-se em mais de 20.000 pessoas) na convenção do PT em Salvador, parece que os oposicionistas renovadores estão sentindo que as eleições na Bahia não vão ser o passeio que eles presumiam.

Quem morre de véspera é peru.

Citando Ariano Suassuna

“Quem me deu o nome de Ariano foi meu pai. Meus irmãos mais velhos se chamam Saulo, João, Lucas e Marcos. Eu seria Mateus, mas depois quase fui Pedro. Só que meu pai gostava de nomes estranhos e se fixou em Ariano, um santo obscuro, pouco conhecido, alto funcionário administrativo no Egito e que, convertido ao cristianismo, foi martirizado. Então, meu pai me pôs esse nome. Mas, numa enchente do Capibaribe, que aconteceu nos anos 60, minha casa foi quase alagada e eu tive a ideia de fazer uma promessa a Santo Ariano: pois foi aí que alagou tudo, e eu vi que esse santo é meio incompetente nessas matérias.” (Ariano Suassuna, em entrevista à excelente revista Entre Livros)

 

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