O que vale mais!

“A educação exige os maiores cuidados, porque influi sobre toda a vida”, Sêneca (4 a.C. 65 d. C)

É instigante questionar-se sobre os bens/valores materiais ou imateriais que o homem busca, às vezes de forma frenética, para gozo dos seus desejos, para formação do seu patrimônio pessoal e, até, para fins diversos ou inconfessáveis.

Sabe-se que é próprio da natureza humana ter o poder e desfrutá-lo conforme a cultura reinante e a formação de cada indivíduo no ambiente em que vive e se relaciona.

Mas será o poder o que vale mais ou bens materiais/imateriais? Ou quem sabe, propriedades, saldos bancários, empresas, formações profissionais que ensejam ganhos financeiros e projeções sociais, a exemplo dos graduados em direito, administração, medicina, engenharia e por aí vai, que se organizam em escritórios ou empresas a serviço das populações!?

Talvez, por pura especulação, aqui caiba aligeirada observação sobre o existir e o viver no plano do que vale mais. Afinal, existe o ouro e o brilhante e eles são reconhecidamente de valores econômicos os mais consideráveis pela sociedade em que se vive, em todos os lugares do mundo. Mas, eles, como a pedra ou o grão de areia, apenas existem, não vivem!

Há os que afirmam ser a vida o bem maior, o que vale mais. É impossível, mesmo no plano retórico, negar-se o significado da vida. O ato de viver vai além daquele de existir, pois quem vive produz, reproduz e pode relacionar-se com o seu meio, dele participando, ora contribuindo para sua sustentabilidade ou alterando-o de forma indesejável. Já o ato de existir reduz-se a estar presente, compor quando muito o meio.

Seria assim a vida o bem maior, o que vale mais?

Como resposta ao questionamento, talvez valha especular um pouco mais, incluindo as variáveis obrigações e direitos no plano do viver com dignidade e participação social, na visão utópica de que cabe ao homem construir, com qualidade, a sociedade da qual ele é parte, como sujeito ativo de todas as suas ações.

Nesta perspectiva do homem-cidadão, construtor da polis ideal, o que vale mais não é apenas o ato de viver. É mais do que necessário dar qualidade ao ato de viver, complementá-lo de outros elementos que são indispensáveis à formação cidadã no plano dos seus direitos e de suas obrigações sociais.

Esses outros elementos são muito mais do plano dos bens imateriais, são transversais no cotidiano do ato de viver, são todos aqueles imanentes à Educação, pois sem esta a compreensão de direitos e obrigações não se instala no homem e não faz dele um digno cidadão.

O que vale mais, portanto, é a Educação!

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui