O que realmente importa?

“Porque em Cristo Jesus nem circuncisão nem incircuncisão têm efeito algum, mas sim a fé que atua pelo amor” (Gálatas 5.6)

O que realmente importa e faz diferença na fé cristã? Dar resposta correta a esta pergunta depende da nossa maturidade espiritual e da nossa efetividade como servos de Cristo. Creio que o Espírito Santo tem este ministério em nossa vida: guiar-nos ao que realmente importa. Por outro lado, creio que satanás dedica-se a nos fazer perder tempo, distraindo-nos com coisas secundárias. O tempo passa e passam as oportunidades. Dedicando-nos ao que menos importa seremos menos maduros, menos felizes e honraremos menos a Deus. Por isso Paulo orientou os irmãos de Éfeso a aproveitarem ao máximo as oportunidades (Ef 5.15-16). Como cristãos, o que é mais importante que façamos? A que devemos nos dedicar mais?

A fé judaica tornou-se, ao longo dos anos, um conjunto de ritos. Para eles, agradar a Deus passou a ser cumprir as regras, frequentar o templo, realizar sacrifícios. Viveram momentos em que os profetas lhes disseram com grande ênfase: “Parem de realizar ritos, organizar festas, apresentar sacrifícios! Deus está querendo saber onde está a bondade, a justiça e a misericórdia em suas vidas!” (Is 1.11-17). Muitas vezes é isso que acontece conosco em nossa religião. Apaixonamo-nos pelo culto, por nossas atividades e pela maneira como as realizamos. Por outro lado, fracassamos no amor, na bondade e na misericórdia. Mas achamos que estamos agradando a Deus. Porém, a fé requerida e ensinada por Jesus será sempre uma expressão de nosso amor por Deus e pelo próximo. Se não for, será apenas nossa religiosidade em ação.

Paulo sabia muito bem onde o ensino dos judaizantes levaria os cristãos da Galácia. Com o tempo acabariam como ele mesmo havia sido no passado: perderiam de vista a sacralidade da vida, a centralidade dos relacionamentos, e se apegariam a seus símbolos de fé. Por causa de formas, ritos e lugares, poderiam chegar a ferir e desprezar pessoas. A fé cristã não é o conhecimento de doutrinas ou a adequação a costumes. Ela nos demanda o amor e suas ações. Podemos elaborar doutrinas, mas devemos servir ao amor. Às vezes, somos tão conhecedores da Bíblia, mas tão ignorantes no amor, na bondade e na paciência. Às vezes, passamos anos servindo às instituições e quase nada servindo e cuidando de pessoas. Estaremos nas fotos dos eventos, mas ausentes das vidas de quem deveríamos ter amado. Que Deus nos livre disso!

 

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