O publicano

“O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!” (Lucas 18.13)

Já ouviu o termo “roupa de domingo” ou “roupa de ver Deus”? Ir à igreja aos domingos sempre fez parte de minha vida e entre amigos brincávamos assim sobre nossas roupas. Mas o segredo do domingo (e de qualquer dia) não está nas roupas, mas no coração. Olhe para este homem identificado apenas como publicano. Na parábola de Jesus ele está no templo. Nada é dito sobre suas roupas, mas muito sobre o seu coração. Ele está arrependido e contrito. Pede misericórdia e confessa pecados. Ele não se assenta e nem se aproxima da parte da frente do templo, onde está o lugar mais santo. Nem os olhos ele levanta e bate no próprio peito em sinal de tristeza por seus erros.

Seu problema não é baixa autoestima e nem complexo de inferioridade. Ele se sente culpado diante de Deus. Ele tem temor a Deus, que é santo, devido aos seus erros, que declaram o quanto é pecador. Ele está arrependido. Há muitas pessoas culpadas por aí, mas nem todos estão arrependidos. As culpas levam pessoas a muitos lugares para buscarem alívio, o publicano foi ao templo. Foi buscar perdão. Lá ele conversa com Deus, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação! Lá ele não encobre, mas confessa e sai justificado – palavras de Jesus (v.14). Então o que ele está fazendo faz todo sentido. Ele se vê como um pecador sem qualquer merecimento e, de fato, é isso que ele é. Ele não fala sobre justiça, mas sobre misericórdia. Ele não apresenta a Deus seus merecimentos, ele admite seus erros.

A fé cristã nos dá uma grande oportunidade: crescermos em saúde, que em linguagem teológica é santidade. O Espírito de Deus promove saúde em nós, aperfeiçoando-nos. O Espírito de Deus é completamente diferente do espírito religioso. O espírito religioso pode dar falsas esperanças e acalmar a consciência pela comparação com outros. O Espírito Santo nos coloca diante da santidade de Deus e de Seu poder que redime. Diante dele não ha desculpas ou justificativas: pecado é pecado! Felizes aqueles que, guiados pelo Espírito Santo conseguem admitir quem são e, pelo poder do Espírito Santo, são levados a serem quem Deus deseja que sejam.

ucs

 

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