“O pensamento é uma ave do espaço, que numa gaiola de palavras, pode abrir suas asas mas não pode voar.” Gibran
Talvez por sentir o meu olhar, ela ergueu a cabeça. Na sua expressão, vi muita coisa: preocupação, curiosidade, afeto. Os olhos dela não se desviavam dos meus enquanto ela procurava uma sabedoria que ainda não estava lá nos seus pensamentos.
A busca por um padrão de pensamento, nesta ave do espaço é o mundo de sete bilhões de seres humanos. O que existia nesta ave de Hitler? E o que existe agora na de Putim? Onde os pensamentos se formam, existe de tudo, para construir e destruír o mundo. Oração ou ira, mas a gaiola de palavras joga no mundo o consciente e inconsciente, o que está na superfície e no porão da mente.
Não há nada parecido com isso, tudo que vemos no mundo físico começou com um pensamento. É uma espécie de loucura. A ação vem de um sonho, tem a frase “o que torna irrealizável um sonho, não é o sonho em si e sim a inércia de quem sonha” ou o que torna irrealizável um pensamento é não pensar.
Somos escravos de nossos pensamentos. Acordamos na escuridão numa neblina obscura, e só quando deixamos a luz do pensamento entrar, planejamos nosso dia. Pensamento é saudade, pensamento é agonia, Pensamentos é sexo. Para dizer “sim”, uma palavra! Uma pequena palavra que todos falam, o tempo todo, todos os dias. Oh, céus! Estremeço agora ao escrever é preciso pensar.