“Pois tudo o que há no mundo — a cobiça da carne, a cobiça dos olhos e a ostentação dos bens — não provém do Pai, mas do mundo. O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. ” (1 João 2.16-17)
João nos pede para não amarmos o mundo, do contrário seremos privados do amor de Deus. E então nos explica que “o mundo” é aquilo que resulta da cobiça da carne, dos olhos e da ostentação dos bens. Esses três poderes criam um “mundo” que exerce influência sobre nossa natureza e a corrompe. A cobiça da carne é a vitória do desejo sobre a sensatez. Em lugar de governarmos nossos desejos somos governados por eles e perdemos o bom senso, comprometendo o que vale mais pelo que vale menos. O sexo é um representante cinco estrelas nessa área.
A cobiça dos olhos é a vitória dos anseios de posse sobre o contentamento. Sentimos a falta do que de fato não necessitamos, acreditando que ter faz mais sentido que ser. O dinheiro, por causa do que ele pode comprar, torna-se nosso deus e o materialismo vence a espiritualidade. A ostentação dos bens é irmã gêmea da cobiça dos olhos e nos convence que possuir e desfrutar bens é mais importante do que sermos bons. Esquecemo-nos de que o valor do ser humanos está do lado de dentro e não do lado de fora. Achamos que ser rico é possuir coisas e nos tornamos pobres com luxo. A ostentação é a hipocrisia de uma alma miserável.
Esses poderes mundanos nos cegam, fazendo com que não percebamos que a vida está passando e que o fruto que eles nos oferecem são falsos. Eles nos iludem satisfazendo desejos enquanto agravam necessidades. Cresce em nós a fome por vida, amor, perdão e graça. E tudo isso nós encontramos no amor de Deus. Nele conhecemos nosso verdadeiro valor e podemos viver com sensatez e equilibrados pelo contentamento. Entendemos que a vida é mais que bens e a alegria mais que prazeres. Não ame o mundo. Supere o mundo fortalecido pelo amor de Deus.