O menor é que é o maior

“Portanto, quem se faz humilde como esta criança, este é o maior no Reino dos céus.” (Mateus 18.4)

O menor é que é o maiorOs caminhos da grandeza no Reino dos céus são muito diferentes daqueles que levam às grandezas no reino dos homens. Pois as próprias “grandezas” são completamente distintas. Como declarou Deus por meio do profeta Isaías, “os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos, declara o Senhor. Assim como os céus são mais altos do que a terra, também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos.” (Is 55.8-9) O Evangelho de Jesus nos convida a crer e confiar nos caminhos de Deus e não nos nossos. Convida-nos inclusive a mudar nossa forma de pensar e, pela graça e poder de Cristo, nos tornar pessoas completamente novas. A lentidão com que fazemos isso e nossa resistência em fazê-lo deve-se à nossa ilusão em pensar que sabemos como, de fato, a vida funciona.

Temos nossas próprias ideias de sucesso, felicidade e de como fazer a vida dar certo. Mas não temos nos saído muito bem e não há como nos sair bem! É Deus o Criador e Sustentador da vida. Nós somos pecadores: pessoas que erram o alvo. Em nossa teimosia acumulamos insatisfação e vazio. Perdemos o melhor da vida tentando viver do nosso jeito. O Reino de Deus nos propõe muitas mudanças! Somos desafiados a amar a Deus sobre todas as coisas e a amar o próximo como a nós mesmos. Portanto, Deus e as pessoas são prioridades. E amar é o grande dever de todos. Cristo veio a nós e morreu por nós. Nele temos o perdão dos pecados e somos incluídos no Reino, para podermos mudar e ser mudados. Mudamos quando respondemos com obediência aos convites da fé. Somos mudados na medida em que conhecemos o amor de Deus, por meio da comunhão com Seus filhos. Mas resistimos a tudo isso se não cremos, se não obedecemos se não nos envolvemos para viver pela fé.

Porém, aos que respondem adequadamente a Deus, estes descobrem a verdadeira vida e o Reino de Deus. E quanto mais humildes, como uma criança; quanto mais dependentes e apegados a Deus, como uma criança com seus pais; quanto mais dispostos a aprender, como uma criança, mais o Reino habita os que creem e pode ser desfrutado, mesmo em meio ao reino dos homens. O amor vai ganhando espaço e importância. Celebra-se mais a Deus e desfruta-se mais de pessoas. O Espírito Santo vai produzindo seu fruto: “amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio” (Gl 5.22-23). Tudo isso é uma jornada em que vamos aprendendo, superando fraquezas, dores e tristezas, mas, como crianças, experimentando o consolo e o fortalecimento nos braços do Pai. E com o tempo paramos de estranhar e compreendemos melhor porque no Reino, para ser grande, é preciso ser pequeno. Muito pequeno!

 

ucs

 

 

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