POR FALAR NISSO
A imprensa de Teixeira de Freitas continua aguardando que o vereador Garotinho diga os nomes dos profissionais da imprensa que achacam a prefeitura para tomar dinheiro para comprar crack, maconha e cocaína. Vai ficar feio para o vereador se não disser o nome, pois aí ele estará fazendo uma acusação a toda uma classe.
A imprensa aguarda, vereador.
A PRESIDÊNCIA DE LULA
Já se fazem notar as marcas impostas pelo novo presidente da Câmara de Vereadores de Teixeira de Freitas, Luiz Henrique, o Lula. Sem desejar a criação de uma imagem de antipatia com o executivo, Lula vem mostrando firmeza na relação entre os dois poderes. Resultado: o Executivo está dando mais atenção às solicitações e indicações dos vereadores.
É o que se espera.
PORTO SEGURO
Há muito tempo, o segmento turístico de Porto Seguro vem reclamando da falta de assistência dos poderes públicos à infra-estrutura da cidade. Matéria veiculada no jornal A TARDE mostra que os turistas sofrem com falta de energia, de água e de outras coisas essenciais. A COELBA alega que não é comunicada dos aumentos de consumo em épocas especiais. Mas será que a empresa não trabalha com previsão? Ou os coelbianos não enxergam o afluxo de turistas em determinadas épocas e o aumento da população flutuante da cidade?
Há certas afirmativas que doem na carne.
E AÍ, NEGÃO?
Caiu a máscara da tal coalizão, montada por países dependentes do petróleo contra a Líbia. Claro que Kadaffi é um ditador execrável, como afirma Carlos Castelo Branco. Mas a máscara da coalizão coordenada pelos EUA caiu forte, já que os primeiros mísseis lançados contra Trípoli destruíram um hospital e mataram 48 pessoas, inclusive crianças. A mídia a serviço da indústria bélica e do poder petroleiro segue mentindo, dizendo que alvo civil algum foi atingido. Os tais “aliados” protegem civis contra Kadaffi, matando civis que nem sabem se são a favor ou contra Kadaffi.
Sanguinária e cínica opção.
VERDADE
Deu na coluna do Castello, veiculada na Tribuna da Imprensa:
“SAUDADES DE EISENHOWER
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Em 1956, Inglaterra, França e Israel invadiram o Canal de Suez, pouco depois de o presidente Gamal Abdel Nasser haver nacionalizado aquele território pertencente ao Egito. Pretendiam, pela força, criar o fato consumado. Logo em seguida o presidente Dwight Eisenhower, dos Estados Unidos, tirou-lhes o tapete, não só desautorizando a aventura mas exigindo que botassem o rabo entre as pernas e se retirassem do canal e zonas adjacentes. Assim aconteceu em menos de quinze minutos.
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Dá pena, agora, assistir o presidente Barack Obama curvando-se aos interesses de França, Inglaterra e Itália, dependentes do petróleo da Líbia e participando da saraivada de mísseis desde sábado lançados sobre Trípoli e outras cidades daquele país, também atacado por caças franceses, ingleses e até canadenses.
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Criar zonas de exclusão aérea não parece a mesma coisa do que bombardear um país até agora considerado soberano, apesar de sua execrável ditadura.”
Pois é, a verdade é bem dolorosa e nós somos muito ingênuos.
JAPÃO
O jornal A TARDE de 24 de março veicula a descoberta de radiação atômica na água do Japão. Por causa disso, as autoridades proibiram que crianças de até 1 ano bebam água das torneiras. A população japonesa já está seguindo, na totalidade de sua gente, a recomendação. Consequência: a água engarrafada está sendo racionada e já começa a faltar.
Até quando vai durar o martírio da brava nação nipônica?
ELIZABETH TAYLOR
A morte de Elizabeth Taylor mata também um pouco do que resta de glamour no cinema. É o mesmo impacto que representou na canção popular a morte de Frank Sinatra. Os olhos de Elizabeth Taylor (ah, as violetas de Liz!) sempre foram considerados a cor dos sonhos de Hollywood. Esse escriba lembra-se quando, ainda seminarista em férias em Teófilo Otoni, iludiu a severa vigilância de monsenhor Otaviano Magalhães e foi assistir “Cleópatra” no Cine Vitória. Elizabeth Taylor e Richard Burton estrelavam. Havia uma cena em que Liz aparecia deitada de costas, mostrando aquele latifúndio dorsal para a plateia. O pobre seminarista, em transe, se puniu com meia centena de salves rainhas.
A penitência não fez efeito e Liz Taylor ainda permanece, ela, seus olhos, sua arte e suas costas macias, repousando velhos sonhos de criança.
A vida era mais colorida.
DO TÚNEL
“A vida na juventude é em cores. Depois a gente vai vivendo em preto e branco mesmo.” (Aldir Blanc)