O melhor dos mundos

O melhor dos mundos
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Uma coisa de truz é assistir a uma sessão da Câmara de Vereadores em Teixeira de Freitas. Faz bem à alma e ao coração teixeirense, privado de bens públicos em uma cidade que navega ao sabor do improviso administrativo. Para o líder do governo, Júlio César Garotinho, o governo municipal está cheio de acertos e a cidade vai bem. O ilustre vereador, em sua missão defensiva, não fala das ruas esburacadas, dos passeios inexistentes, do mau cheiro das ruas, do lixo largado aos quatro ventos, dos terrenos baldios transformados em matagais assustadores e de outras tantas mazelas, para só ficar na infra-estrutura. Uma verdadeira ilha da fantasia.

POR FALAR NISSO

A imprensa de Teixeira de Freitas continua aguardando que o vereador Garotinho diga os nomes dos profissionais da imprensa que achacam a prefeitura para tomar dinheiro para comprar crack, maconha e cocaína. Vai ficar feio para o vereador se não disser o nome, pois aí ele estará fazendo uma acusação a toda uma classe.

A imprensa aguarda, vereador.

A PRESIDÊNCIA DE LULA

Já se fazem notar as marcas impostas pelo novo presidente da Câmara de Vereadores de Teixeira de Freitas, Luiz Henrique, o Lula. Sem desejar a criação de uma imagem de antipatia com o executivo, Lula vem mostrando firmeza na relação entre os dois poderes. Resultado: o Executivo está dando mais atenção às solicitações e indicações dos vereadores.

É o que se espera.

PORTO SEGURO

Há muito tempo, o segmento turístico de Porto Seguro vem reclamando da falta de assistência dos poderes públicos à infra-estrutura da cidade. Matéria veiculada no jornal A TARDE mostra que os turistas sofrem com falta de energia, de água e de outras coisas essenciais. A COELBA alega que não é comunicada dos aumentos de consumo em épocas especiais. Mas será que a empresa não trabalha com previsão? Ou os coelbianos não enxergam o afluxo de turistas em determinadas épocas e o aumento da população flutuante da cidade?

Há certas afirmativas que doem na carne.

E AÍ, NEGÃO?

Caiu a máscara da tal coalizão, montada por países dependentes do petróleo contra a Líbia. Claro que Kadaffi é um ditador execrável, como afirma Carlos Castelo Branco. Mas a máscara da coalizão coordenada pelos EUA caiu forte, já que os primeiros mísseis lançados contra Trípoli destruíram um hospital e mataram 48 pessoas, inclusive crianças. A mídia a serviço da indústria bélica e do poder petroleiro segue mentindo, dizendo que alvo civil algum foi atingido. Os tais “aliados” protegem civis contra Kadaffi, matando civis que nem sabem se são a favor ou contra Kadaffi.

Sanguinária e cínica opção.

VERDADE

Deu na coluna do Castello, veiculada na Tribuna da Imprensa:

“SAUDADES DE EISENHOWER

Em 1956, Inglaterra, França e Israel invadiram o Canal de Suez, pouco depois de o presidente Gamal Abdel Nasser haver nacionalizado aquele território pertencente ao Egito. Pretendiam, pela força, criar o fato consumado. Logo em seguida o presidente Dwight Eisenhower, dos Estados Unidos, tirou-lhes o tapete, não só desautorizando a aventura mas exigindo que botassem o rabo entre as pernas e se retirassem do canal e zonas adjacentes. Assim aconteceu em menos de quinze minutos.

Dá pena, agora, assistir o presidente Barack Obama curvando-se aos interesses de França, Inglaterra e Itália, dependentes do petróleo da Líbia e participando da saraivada de mísseis desde sábado lançados sobre Trípoli e outras cidades daquele país, também atacado por caças franceses, ingleses e até canadenses.

Criar zonas de exclusão aérea não parece a mesma coisa do que bombardear um país até agora considerado soberano, apesar de sua execrável ditadura.”

Pois é, a verdade é bem dolorosa e nós somos muito ingênuos.

JAPÃO

O jornal A TARDE de 24 de março veicula a descoberta de radiação atômica na água do Japão. Por causa disso, as autoridades proibiram que crianças de até 1 ano bebam água das torneiras. A população japonesa já está seguindo, na totalidade de sua gente, a recomendação. Consequência: a água engarrafada está sendo racionada e já começa a faltar.

Até quando vai durar o martírio da brava nação nipônica?

ELIZABETH TAYLOR

A morte de Elizabeth Taylor mata também um pouco do que resta de glamour no cinema. É o mesmo impacto que representou na canção popular a morte de Frank Sinatra. Os olhos de Elizabeth Taylor (ah, as violetas de Liz!) sempre foram considerados a cor dos sonhos de Hollywood. Esse escriba lembra-se quando, ainda seminarista em férias em Teófilo Otoni, iludiu a severa vigilância de monsenhor Otaviano Magalhães e foi assistir “Cleópatra” no Cine Vitória. Elizabeth Taylor e Richard Burton estrelavam. Havia uma cena em que Liz aparecia deitada de costas, mostrando aquele latifúndio dorsal para a plateia. O pobre seminarista, em transe, se puniu com meia centena de salves rainhas.

A penitência não fez efeito e Liz Taylor ainda permanece, ela, seus olhos, sua arte e suas costas macias, repousando velhos sonhos de criança.

A vida era mais colorida.

DO TÚNEL

“A vida na juventude é em cores. Depois a gente vai vivendo em preto e branco mesmo.” (Aldir Blanc)

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