“Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros mais do que a si próprios.” (Romanos 12.10)
Deus nos ama e por causa de Seu amor podemos amar de forma sincera, verdadeira. Num mundo sedento de amor, como filhos de Deus, devemos nos revelar filhos do Amor, como gente que sabe amar. Como toda virtude, o amor não se realiza casualmente, sem intenção. Neste mundo temos o vício de nos apegar ao que vale pouco, por que é fácil; e desistir do que vale muito, porque dá trabalho. Por isso o amor está mais nas poesias do que na vida. Os anos 60 se notabilizaram pela expressão “faça amor e não guerra”. Entendemos errado (ou certo) e passamos a fazer sexo, e sem amor. Superficializamos os relacionamentos.
O verbo usado por Paulo é dedicar. Amor é mais que fazer algo, é dedicação. Dedicar-se é oferecer a si mesmo, envolver a vida e comprometer-se. Dediquem-se uns aos outros, deem atenção, tempo, apoiem, incentivem. Não com segundas intenções. Isso seria ser um “puxa-saco”. E como li recentemente, todo puxa-saco acaba também puxando o tapete. Não. Não se trata de ser um interesseiro bajulador, mas alguém que se dedica em amor. Isso dá trabalho! Cobra um preço de nós que gostamos de sossego, de ficar aninhados em nossa privacidade. E nos faz perguntar: será que Paulo não está pedindo demais?
Não, não está. Somos discípulos de alguém que dedicou-se em amor muito mais que fraterno. Que deixou Seu lugar de honra e assumiu o nosso, suportando desonra e dor. Abriu mão de sua suficiência plena e apequenou-se, sofrendo nossas privacidades. Tudo fez por amor. Ser cristão é seguir Seus passos. Há esse preço na história de pertencer a Deus. Obedecendo descobriremos que a recompensa é muito maior que o preço a pagar e que a opção a isso, ou seja, não amar e não servir, é completamente vazia de significado. Nosso Deus é todo cheio de ações de amor, dedicação e serviço. Ele se importa. Adorá-lo é ser parecidos com Ele. Ou não teremos adorado de fato.