O dia seguinte

O dia seguinte

Após as eleições de domingo, sentirei falta de nossa grandeza impossível, meu futuro inalcançável é meu paraíso perdido. O grande vazio em mim, será o meu lugar de existir, independente de quem ganhe. Minha experiência com o ex-presidente e o atual é o meu tamanho, meu vazio é minha medida. Como cego que tateia, pressinto o intenso buraco antiético que vivemos.

Como ensina José Ingenieros, em “O Homem Medíocre”, países são expressões geográficas e os Estados são formas de equilíbrio político. A Pátria, porém, transcende esse conceito: é sincronismo de espíritos e corações, aspiração a grandeza, comunhão de esperanças, solidariedade sentimental de uma raça. O povo, em suas extremas carências, tem dificuldades de exercer cidadania. Sua autonomia de decisão é escassa e tênues são suas vontades. Em consequência, submete-se, como ente passivo, a demagogia dos discursos e a uma engenhosidade operacional que acaba sugando suas emoções.

Este debate foi o exemplo do que temos no nosso pais, a palavra mais dita foi “mentiroso”. É difícil acreditar nos governantes deste Brasil.

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