O Deus de cada um de nós

“Moisés perguntou: Quando eu chegar diante dos israelitas e lhes disser: O Deus dos seus antepassados me enviou a vocês, e eles me perguntarem: ‘Qual é o nome dele? Que lhes direi?” (Ex 3.13)

“Quem és Deus, para que eu informe aos outros?” Moisés queria ter um nome para apresentar Deus aos israelitas. Um nome forte e que transmitisse confiança e atraísse seus compatriotas. De certa forma, um nome é algo que define, que transmite uma ideia. Nem sempre pensamos nisso quando escolhemos nome para pessoas, mas isso fica muito claro quando estamos pensando no nome de um projeto, de uma empresa. Que nome transmite a melhor ideia do que fazemos? Moises queria um nome para Deus. Este registro das Escrituras é muito interessante.

No verso seguinte temos a resposta de Deus. “Eu Sou o que Sou. É isto que você dirá aos israelitas: Eu Sou me enviou a vocês” (Ex 3.14). Podemos entender essa expressão não apenas como “eu sou” mas também como “eu estou”. “Eu sou aquele que é, que sou aquele que está”. Deus recusou-se a dar um nome e ofereceu a Moisés uma mensagem sobre si. O Deus que foi ao seu encontro era o Deus que é e está. Não há tempo que o restrinja, não há lugar que o impeça. Deus nunca deixa de ser e estar. E é o Deus cujo ser e a presença nos favorece em lugar de ameaçar.

No verso quinze Deus dá uma referência muito mais clara. Ele diz: “Diga aos israelitas: O Senhor, o Deus dos seus antepassados, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó, enviou-me a vocês. Esse é o meu nome para sempre, nome pelo qual serei lembrado de geração em geração.” Em outras palavras, Eu sou o Deus das pessoas. Sou conhecido pela vida e história das pessoas que confiam e se submetem a mim. Eu sou o Deus de Abraão, de Isaque e Jacó. De pessoas como vocês, da família e nação de vocês.

O Deus das Escrituras é assim, misterioso, indefinível, inominável. Mas é ao mesmo tempo o Deus que se pode conhecer pela vida de seres humanos. Essa é sua revelação preferencial! Seu perdão, sua graça, seu amor residindo na história e na vida de pessoas como eu e você. Ele tornou-se um de nós e, vazio de tudo, de toda grandeza celeste e de toda grandeza terrena, deu-se a conhecer. E o que revelou-se? Primeiro diz João: “Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” (Jo 1.14) E por fim diz: “Deus é amor” (1 Jo 4.8).

Se Deus assim decidiu revelar-se, não pensemos que o revelaremos melhor de outra forma. É por meio de você que Deus quer se revelar neste mundo. Ele é o Deus das Escrituras, mas quer ser o Deus das pessoas. O Deus da Bíblia é melhor conhecido quando é o Deus do Jairo, do Edmilson, o Deus do Neivaldo, do Waldir e do José. Quando é o Deus da Marta, da Neide e da Juliana, as Terezas, Marias e Carolinas o podem conhecer melhor. Nossas vidas devem dizer com atitudes o que nossas palavras, para dizerem, levariam uma vida. Somos o evangelho a ser lido. Somos a palavra a ser ouvida. Que Deus esteja presente por meio de nossa presença. Que haja mais vida, perdão, graça e misericórdia no mundo por meio daqueles a quem Deus tem se revelado.

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