O caminho de Deus

“Vejam como é grande o amor que o Pai nos concedeu: que fôssemos chamados filhos de Deus, o que de fato somos! Por isso o mundo não nos conhece, porque não o conheceu.” (1 João 3.1)

Há uma notícia muitíssimo clara nas Escrituras: Deus nos ama. E Seu amor é grande. É tanto que o levou a enviar Jesus. Nós não entendemos muito de amor. Preferimos o poder. E isso nos coloca em conflito com Deus. Ele, sendo o Todo Poderoso, decidiu amar. Isso nos perturba! Queremos endireitá-lo para que corresponda à nossa própria maneira. Tentamos fazer com que Ele corresponda aos critérios que o tornariam “mais deus” aos nossos olhos. Sendo como é, fica difícil. E aí muitos não creem em Deus e nós, os que cremos, confundimos outros com visões tão diversas de Deus. Se pudéssemos tiraríamos a liberdade de Deus para que Ele sempre correspondesse ao que julgássemos adequado: o “deus segundo nossas próprias ideias”. E em grande parte é assim por conta, especialmente, de Seu amor.

A história da salvação nos leva a entender que a vida que se estabeleceu entre nós, por causa do pecado, tornou-se uma contradição da vontade de Deus. Deixamos de segui-lo e nos desviamos, cada um seguiu seu próprio caminho (Is 53.6), multiplicando as maneiras de viver em desobediência. A vida claramente não é o que deveria. Mas Deus, o Criador, em lugar de destruir tudo, decidiu restaurar. Decidiu intervir e resgatar a história, reconciliando cada um de nós com Ele. E não o fez nos entregando um conjunto de exigências, mas convidando-nos ao Seu amor e fazendo-nos Seus filhos e filhas. Deus nos amou e nos deu Seu Filho para que pudéssemos ser Seus filhos! Isso nos confunde. O amor nos confunde especialmente o amor de Deus. Não sabemos bem como viver e desfrutar a vida de filhos, por isso amadurecemos tão pouco e tão devagar. Sem nos entregar ao amor de Deus, tentamos fazer por nós o que somente Deus pode fazer.

Deus propôs uma solução para nossa queda com a qual não concordamos. Nossa preferência costuma ser por algo que seja mais justo do que gracioso. A graça, assim como o amor, nos confunde! Cada um recebendo o que merece seria mais aceitável do que a fé, a misericórdia e a graça propostas pelo Evangelho! Vivemos mal a dádiva da vida e não sabemos apoiar outros para que a vivam. Por isso julgamos tanto! Não lidamos bem com a ideia de Deus estabelecendo uma mesa de comunhão entre nós e Ele e temos dificuldade em pensar que certas pessoas possam sentar-se nela! A experiência de Pedro com Cornélio exemplifica bem isso (At 10). E nem reparamos que essa dificuldade com os outros é também um impedimento para nós! Ignoramos que o amor e a graça de Deus são a única possibilidade de transformação verdadeira. Mas, precisamos entender que  o caminho para a vida não é o nosso. É o de Deus. E o caminho de Deus é o caminho do amor, da graça e da misericórdia que nos fazem filhos.

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