“Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas; e elas me conhecem; assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai; e dou a minha vida pelas ovelhas.” (João 10.14-15)
Quem é Jesus? No Antigo Testamento temos o Salmo 23. Talvez o texto mais conhecido de toda aquela parte das Escrituras. Nele Davi declara: “O Senhor é o meu pastor e nada me faltará” (Sl 23.1) e segue descrevendo o cuidado e a presença de Deus em sua vida. O que não o livra de descer ao vale da sombra e da morte mas, mesmo lá, ele se sente seguro. Jesus se declara aquele Senhor sobre quem Davi escreveu. Ele é o Pastor, o Bom Pastor. Ele conhece e é conhecido por aqueles que são suas ovelhas. Há uma relação íntima e inquebrável entre Ele e suas ovelhas, assim como a relação que Ele tem com o Pai.
A fé cristã, que é a fé em Jesus Cristo como o Filho de Deus, Senhor e Salvador pessoal, o Bom Pastor, é a fé do pertencimento. Tem a ver com relacionamento, com conhecer e ser conhecido, com reconhecer e ser reconhecido. Tem a ver com identidade, valores, perspectivas e expectativas. É mais que apenas saber textos bíblicos, fazer oração, acreditar no poder de Deus. Envolve essas coisas, mas é mais profundo e muda-nos de dentro para fora. Mexe com nossas motivações e compreensão da vida. Por isso o “nada me faltará” que Davi escreveu.
Nesta vida teremos aflições, disse o Bom Pastor, e muitas delas por nos faltar alguma coisa. Podem nos faltar recursos, saúde, pessoas, coragem e cabe quase tudo na lista, mas “nada nos faltará” porque o Bom Pastor deu Sua vida por nós e nele temos vida plena, eterna. Qualquer falta pode ser suportada pois será superada. Com Cristo nenhuma falta durará para sempre, mas a vida sim, e seguirá o fluxo de tornar-se cada vez mais completa. Como afirmou Paulo, enquanto nosso corpo envelhece e acaba nosso ser interior que chamamos espírito, ao contrário, vai sendo renovado e fortalecido (2Co 4.16). Tudo porque Ele está conosco. Podemos até sentir falta, mas nada nos faltará!