“Não pergunte o que seu país pode fazer por você, pergunte-se o que você pode fazer por seu país”. John Kennedy (1917-1963).
Entre tantas questões que assoberbam o dia a dia do brasileiro, dois momentos pontificaram ao final deste glorioso ano de 2012: o “Mensalão” (Ação Penal 470) e as eleições recém-efetivadas para as escolhas de prefeitos e vereadores, verdadeiras antessalas para definições outras eleitorais em 2014.
“Não era para ser assim”, este é o pensamento que surge de imediato quando se divulgam os procedimentos irregulares, impróprios ou suspeitos de quantos lidam com a “res publica” (coisa pública). Ele traduz o sentimento que todos albergam num propósito de retidão comum àqueles que pugnam por um viver social nos planos da ética e da moral e que esperam dos seus representantes políticos um mínimo de retidão.
Observando a ordem natural das coisas, em que o astro-rei renasce em ciclo contínuo como concessão da mãe-natureza, sabe até o mais simples dos homens, de forma indutiva, que sua existência e dos seus familiares analogamente deve ser permeada por condutas no plano social em que vivem, segundo regras definidoras de direitos e deveres para todos, sem exceções, por princípios e racionalidade. E, logicamente, não há como negá-los!
Vive-se um novo tempo e as velhas práticas subsistem?! O Supremo Tribunal Federal (STF), pós-julgamento da Ação Penal 470, está a indicar àqueles que se apropriam dos bens republicanos e promovem malfeitos que a mão da justiça poderá alcançá-los e daí à execração pública – via STF – é uma dura e clara realidade.
Os novos quadros representativos recém-eleitos – prefeitos e vereadores- certamente, muito ouviram e ouvirão falar destes novos tempos e atentos à nova realidade refletirão muito mais sobre os malfeitos das velhas práticas, para servirem condignamente à coletividade ou, para aqueles outros ainda temerariamente cegos e surdos, não serem alcançados pela mão serena da justiça que pode não tardar tanto e falhar menos nestes novos tempos. A sociedade brasileira está atenta e cobrará!
O ano de 2012 – via processo eleitoral – deu recados nos quatro cantos do País, sinalizando e demonstrando-se que o povo não se encontra tão alheio como muitos apregoam, porque tem exigências variadas, é capaz de julgar seus representantes e possui alternativas de mudanças.
O povo faz a escolha, segundo o momento e suas expectativas, mesmo que o analista nem sempre identifique facilmente a tendência do instante, o que vale aqui a citação shakespeareana de que ‘”Existe mais mistério entre o céu e a terra do que sonha nossa vâ filosofia”. É, pois, assim, a resultante da sabedoria popular tão decantada em prosa e verso!
A educação está alicerçada em propósitos – todos nobres – que conduzem à formação ética e moral, a mais completa do homem, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho, o que não invalida, por sua importância, repetir sempre esta percepção como prática de anseios pedagógicos para uma sociedade mais igual e melhor.
Mas a educação propicia muito mais: dá ao individuo a capacidade crítica, a análise que leva à tomada de decisão; que conduz a escolha real do novo e a possibilidade efetiva de mudança!
Que os Novos Tempos venham sepultar Velhas Práticas e que a sociedade possa alcançar os frutos da participação democrática, pela superação do atraso social, por educação universalizada com qualidade; segurança como resultante da oportunidade do trabalho e emprego, num plano de igualdade em que todos possam concorrer às benesses do viver com dignidade e harmonia.
Em 2014, haverá novos rounds de um jogo em que a democracia será materializada como palco e espaço de participação e escolha, complementando 2012 e, assim, exercitada pela vontade popular, ora afirmando lideranças, ora indicando novas, sempre na perspectiva dos anseios de mudanças que se espera sepultando o velho e o retrogrado, e recriando a esperança e o novo.