Novos critérios

“Então olhou para os que estavam assentados ao seu redor e disse: Aqui estão minha mãe e meus irmãos! Quem faz a vontade de Deus, este é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. (Marcos 3.34-35)

Vimos ontem que seguir a Jesus é aprender a se enquadrar no jeito divino de lidar com a vida. Criamos muitos desvios para nossa vida e afetamos a vida de muitos que acreditam nesses desvios, quando fazemos de nossa opinião ou nossa experiência, verdades sobre Deus ou sobre a vida. Toda revelação sobre quem Deus é e sobre o modo como age está em Jesus Cristo, o Emanuel (Deus Conosco): “O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa.” (Hb 1.3, grifo nosso) Seguir a Jesus é a atitude de nos submetemos às verdades reveladas por Ele como orientação para nossa vida e espiritualidade, pela fé, mesmo que isso contrarie nossa própria lógica, tradição ou comodidade.

Seguir a Cristo é uma escolha pessoal, não herdamos de nossos pais e nem nos é imposto por qualquer rito a que sejamos submetidos. Seguir a Cristo é a condição que nos torna “filhos de Deus” numa acepção cristã. Do ponto de vista da criação, somos todos filhos de Deus, o que significa que cada ser humano existe como resultado da criação divina, que estabeleceu a vida e a existência do universo. Neste sentido, um filho de Deus é apenas ele mesmo e faz da vida o que desejar ou conseguir realizar. É agraciado com a misericórdia de Deus que alcança a todos e recebe bênçãos para a vida. Mas ser filho de Deus na acepção cristã é algo muito mais profundo e significativo.

Não devemos confundir aspectos terrenos da vida, com aspectos espirituais. Como homem Jesus tinha mãe e irmãos. Como Filho de Deus, não. E nem poderia pois os critérios são outros. Ser mãe e irmãos de Jesus é ser parte da família de Deus. E fazer parte da família de Deus é mais do que fazer parte de uma igreja cristã, é comprometer-se pela fé com Jesus e viver sendo transformado, feito de novo, pelo poder do Espírito Santo que nos envolve com a vontade de Deus: “Contudo, aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela vontade de algum homem, mas nasceram de Deus.” (Jo 1.12-13) Sem isso, seremos apenas religiosos.

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