nova subida da Serra das Araras, a duplicação de 80 km na BR-101, a adoção do sistema de pedágio sem as praças físicas na Região Metropolitana de SP e a implantação de 602 quilômetros de faixas adicionais estão entre os novos anúncios de obras, realizados nesta sexta-feira (19) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em evento na cidade de São José dos Campos. As melhorias nas rodovias BR-116 (RJ/SP) e 101 (RJ/SP) estão dentro do Novo PAC, a partir de contrato de financiamento entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a concessionária CCR. O investimento é de R$ 10,75 bilhões.
As intervenções nos trechos das rodovias na região metropolitana de São Paulo, no Vale do Paraíba e na Serra das Araras devem gerar cerca de 40 mil postos de trabalho diretos e indiretos, entre 2024 e 2030. O contrato de concessão da CCR Rio-SP prevê investimentos de R$ 15,5 bilhões na ampliação de capacidade de sua malha rodoviária de 625,8 km no eixo Rio-São Paulo.
Este financiamento inclui a maior emissão de debêntures incentivadas da história, totalizando R$ 9,41 bilhões, a primeira do setor rodoviário enquadrada como sustentável. A concessão da Rio-SP prevê investimentos de grande monta que superam R$ 16 bilhões, o maior investimento dentre todas as concessões rodoviárias nacionais, a serem realizados em um ciclo de longo prazo – nove anos iniciais da concessão.
Destacam-se como os investimentos de maior relevância:
- Nova Serra das Araras: passará a contar com 4 pistas por sentido, reduzindo enormemente o tempo de percurso e os acidentes, corriqueiros no trecho;
- Duplicação de 80 km na BR-101, entre Mangaratiba e Angra dos Reis;
- Implantação de 602 km de novas faixas, ampliando a capacidade da Dutra e da BR-101 em trechos com maiores gargalos; e
- Adoção do freeflow na região metropolitana de SP.
O investimento total do Novo PAC em São Paulo é de R$ 126,1 bilhões – R$ 67,9 bi diretamente no estado e R$ 58,2 bi em projetos regionais. Até abril desse ano, o investimento executado é de R$ 41 bi.
Embraer
Em São Paulo, o presidente também assinou contrato do financiamento entre o BNDES e a Embraer, de R$ 4,5 bilhões, para a exportação de aeronaves modelo E-175, para a empresa aérea American Airlines. O pedido da companhia aérea tem o objetivo de atender à demanda doméstica nos Estados Unidos.
O apoio do BNDES às exportações da Embraer foi iniciado em 1997 e prevê condições de competitividade similares às de suas concorrentes internacionais, que também contam com financiamentos dos bancos de desenvolvimento e agências de crédito à exportação dos seus países. O setor aeronáutico é considerado estratégico para o Brasil devido ao seu alto valor agregado em conteúdo tecnológico, inovação e capacitação de mão de obra. A operação autorizada está alinhada ao Programa Nova Indústria Brasil, na dimensão Indústria Mais Exportadora.
A Embraer projeta, desenvolve, produz e comercializa aeronaves e sistemas, além de fornecer serviços e suporte pós-venda a seus clientes. Atualmente, é a terceira maior fabricante de aeronaves comerciais no mundo, sendo a líder na fabricação e comercialização de jatos comerciais de até 150 assentos.