Nota de pesar: falecimento do Prof. Gilson

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Gilson tinha 51 anos e atuou como educador no município de Nova Viçosa por mais de 20 anos, pessoa bastante admirada, profissional dedicado, querido pelos alunos e colegas do magistério.

Era o caçula de uma extensa família de 14 filhos. Deixa sua filha Ana Cleta Queiroz, de 25 anos.

Fonte: Cantinho do Ruberval

1 COMENTÁRIO

  1. Professor sem psicologia é como farmacêutico sem química.

    Os psicólogos descobriram que existem três campos principais onde as crianças podem exibir precocidade: xadrez, música e matemática. Um sintoma de inteligência na criança é a curiosidade, a vontade querer saber o porquê das coisas.

    Na escala da inteligência humana temos infinitas gradações, que vão do gênio ao estúpido. Desnecessário dizer que os gênios são raros enquanto que os estúpidos abundam. Stultorum infinitus est numerus, nos diz a Bíblia, em (Eclesiastes, I, 15). Preciso dizer mais?

    Quantos homens são criativos, descobridores, inventores? Poucos, muito poucos. Mas são eles que fizeram o mundo progredir e melhorar, inventando a luz elétrica, o telefone, os remédios, etc. A grande maioria da humanidade realiza apenas atividades repetitivas, monótonas, que exigem pouco da inteligência e da imaginação.

    Um sistema escolar decente deveria se empenhar, ao máximo, em descobrir as crianças que tem potencial para estudos mais avançados e dedicar a elas todo apoio e incentivo. A maioria das pessoas não tem motivação para estudar, não tem ambições e tem como expectativa de vida ser coisas como motorista de ônibus, ascensorista, vigia, porteiro de edifício, atendente de posto de gasolina, balconista, funcionário público de nível médio e elementar, gerente de loja, e por ai vai. Todas são ocupações dignas e que merecem respeito. Mas nenhum dos seus ocupantes vai produzir o supercomputador brasileiro ou descobrir a cura da chikungunya. A vida e o sistema escolar vão identificando as possibilidades e as limitações de cada um.

    Imaginem um campeonato de xadrez com cem participantes. Alguém pode imaginar que todos os cem seriam campeões? É claro que não. Sempre vai haver um primeiro lugar, um segundo, e assim por diante, até o último colocado. No xadrez é assim, na vida é assim.

    Todavia, o sistema de ensino no Brasil se degenerou a tal ponto, tornou-se tão hipócrita e mentiroso, que acha que todos podem ser campeões, que todos podem chegar à universidade e ser doutores. A falácia desse pensamento demagógico-populista fica evidenciada no fato de que nunca dantes neste país tivemos tantos analfabetos diplomados. Nunca tivemos tantos diplomados incompetentes para exercer atividades de nível superior. A Bíblia, em Mateus (VII,6), diz “Margaritas ante porcos”. Todavia, os cristãos hipócritas continuam ignorando o seu Livro Sagrado.

    Eu aprendi a jogar xadrez há mais de 60 anos, frequentei inúmeros ambientes enxadrísticos, e jamais vi um vigia noturno ou uma empregada doméstica que jogasse xadrez. No Rio de Janeiro fui sócio do Clube de Xadrez Guanabara e lá só encontrei generais, coronéis, engenheiros, desembargadores, médicos, empresários, estudantes universitários. Lá conheci o norte-americano Warner Bruce Kover, que foi diretor do Instituto de Química da UFRJ e é hoje professor emérito daquela instituição.

    Na sala de xadrez do Clube Militar conheci generais, coronéis, entre civis que frequentavam o clube. Lá joguei com o ministro Maurício Rangel Reis, engenheiro, e perdi a partida. Era um forte jogador. Muito forte era também o general Teotônio de Vasconcellos, um dos conspiradores de 1964.

    No Clube Naval joguei com almirantes e capitães. Na sala de xadrez do Clube de Engenharia só vi gente de nível superior.

    Fiz parte de um grupo que tentou levar o xadrez à favela da Mangueira. Fracassamos. Todavia, encontrei um favelado (de outra favela) que jogava bem xadrez. Tornamo-nos amigos e o visitava na favela onde ele morava. Mas o interesse dele pelo xadrez já era um indicador de onde ele poderia chegar, tendo em vista que se formou em Química pela UFRJ.

    Note que o xadrez não foi procurar o Milton (esse é o nome dele) na favela. Na sua busca de melhores conhecimentos e ambientes, ele foi parar num clube da zona sul do Rio, no bairro de Botafogo.

    Não se deve atirar pérolas aos porcos. Mas se alguém, a quem consideramos porco, sair, espontaneamente, em busca de pérolas, poderemos deduzir, com boa dose de convicção, de que não era, realmente, porco.

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