“Portanto, não permitam que o pecado continue dominando os seus corpos mortais, fazendo que vocês obedeçam aos seus desejos.” (Romanos 6.12)
Como assim? Desde quando o pecado nos pede permissão? Que responsabilidade é essa que eu tenho diante dos pecados que cometo? Eles não seriam fruto irresistível de minha natureza? Paulo afirma que não e nos chama à responsabilidade. Ele nos leva a entender que, viver repetindo os mesmos pecados vida a fora resulta, pelo menos em parte, de nossa falta de atitude espiritual. Não poder superar “todos” os pecados não é a mesma coisa que viver como escravo de alguns. E escravidão não combina com fé em Cristo.
O “portanto” com que Paulo inicia este verso o torna uma decorrência dos anteriores, em que o apóstolo fala de nossa opção de fé que nos levou a estar unidos com Cristo. Unidos em Sua morte para nossa justificação e em Sua vida, para nossa santificação. Sem que Deus nos amasse primeiro, Cristo não viria. Mas sem que escolhamos Cristo em nossas decisões diárias, não experimentaremos o poder de Sua vinda. E uma forma de escolher a Cristo é rejeitar o pecado. É dizer-lhe firmemente: “não permito que você me governe”.
Muitos pecados em nossa vida podem estar contando com nossa permissão. Jamais descobriremos, de fato, que somos mais felizes quando não pecamos do que quando pecamos ou que o pecado não nos faz falta alguma, até que o enfrentemos adequadamente. Podemos concordar que pecar não ajuda em nada, mas isso será apenas uma ideia em nossa cabeça. Precisamos dizer “não” ao pecado e assim enxotá-lo para fora de nossa vida. Na história da salvação temos também o nosso papel e responsabilidade. Temos o dever de enfrentar o pecado com um “não” no lábios.