“Vocês, orem assim: Pai nosso, que estás nos céus! Santificado seja o teu nome.” (Mateus 6.9)
Jesus veio a nós e disse: “O tempo é agora, o Reino de Deus está aqui. Mudem de vida e creiam nessa boa notícia!” (Mc 1.15) E tudo seria diferente. Os mal aventurados aos olhos dos homens seriam agora os bem aventurados (Mt 5.2-11) e seria preciso mudança interior e não apenas exterior (Mt 5.20ss). As prioridades pessoais deveriam ser revistas (Mt 6.33) e a oração deveria ter novos propósitos.
A oração do Pai Nosso representa esse caráter transformador da chegada do Reino de Deus. Os judeus fizeram da busca por alcançar o favor de Deus a razão principal da oração. E então, para serem bem sucedidos, desenvolveram fórmulas que incluíam repetições intermináveis (Mt 6.7). Orar tornou-se também uma forma de orgulho religioso. Ser reconhecido como alguém de oração e jejum era razão de ostentação (Mt 6.5). Mas Jesus nos ensina a oração como uma experiência de intimidade, de proximidade com Deus. Somos chamados a orar porque somos amados como filhos. Por isso a oração ensinada por Jesus começa com quem Deus é: o Pai nosso. E tem como primeiro desejo que o Nome de Deus seja santificado.
Não se trata de algo como “que o nome de Deus fique mais santo”, mas: “Pai, que a santidade do teu nome se manifeste e eu possa conhece-la”. Um pedido de quem se sente confiante pela proximidade, afinal, é o nosso Pai. Na década de 60 uma foto ficou muito famosa: JFK, o líder da nação mais poderosa do mundo, brincando com seus filhos no Salão Oval da Casa Branca. Jesus nos convida a nos aproximarmos de Deus assim: é o Deus Todo Poderoso, mas é nosso Pai que está no céu. Se errarmos nesse começo, corrompeu-se nossa oração. Na oração, a questão não é o poder que Deus tem e se conseguiremos leva-lo a fazer o que queremos por meio de nossa fé. É quem somos para Ele e Ele é para nós. Nisso está a grande benção. Jesus diz que Ele é nosso Pai. Podemos confiar inteiramente, seguros, não por saber o que fará, mas por saber que somos seus.