Nossas misérias

“Caindo em si, ele disse: ‘Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome! Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti.” (Lucas 15.17-18)

Nossas misériasUm pai tinha dois filhos. O mais novo exigiu sua parte na herança e o pai o atendeu. Então ele foi embora pois acreditava que viveria de forma mais livre e feliz. Pascal disse que pessoa alguma empreende uma caminhada sem acreditar que ela o levará a um lugar melhor. Mas nem sempre estamos certos em nossas crenças. E aquele filho estava errado. Não era difícil perceber isso, mas quando estamos envolvidos temos dificuldade em ver o que os outros facilmente veem. Resultado: ele buscou o que acreditava ser o melhor, mas acabou na pior. Consumiu tudo e tornou-se um mendigo.

Há vários tipos de mendigo, porque há vários tipos de miséria. Há a miséria moral, a intelectual, a emocional, a vocacional, a material, a espiritual e outras. Todas elas são uma ameaça constante e as piores são as que ficam disfarçadas. A material é a que vemos mais facilmente e a espiritual, o contrário. As vezes só Deus a vê! (Ap 3.17) É terrível não enxergar a própria miséria ou acostumar-se a ela. As misérias podem nos alcançar, mas algumas serão consequência de nossas escolhas. Mas para sair é preciso “cair em si” e assumir a responsabilidade de agir. Normalmente não conseguirmos superá-las sozinhos, mas ninguém poderá nos ajudar se nós mesmos não nos ajudarmos, tomando as atitudes certas.

A miséria daquele filho era múltipla: material, emocional, moral… Uma miséria dificilmente anda sozinha. Mas ele “caiu em si”, enxergou suas misérias e assumiu suas responsabilidades. Trilhou seu caminho de volta e admitiu seus pecados. Levantou-se e foi. Quanto tempo demorou a jornada, quantas dúvidas ele teve no caminho… não sabemos. Misérias não nos deixam facilmente! Mas ele conseguiu: voltou para casa! Deus nos ajuda a enxergar, abandonar e superar nossas misérias. Mas precisamos “cair em si” e fazer o que nos cabe. Pode não ser fácil – e normalmente não é – mas valerá o esforço.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui