Nossa atitude ao orar

“Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará.” (Mateus 6.6)

O que fizemos da oração ao longo do templo? Temos alguns pontos a considerar. Primeiro, que a maioria de nós ora mais quando está acompanhado, participando de cultos ou reuniões e pratica bem pouco a oração pessoal e íntima, que deveria ser constante em nossa vida. Segundo, oramos muito mais como uma reação a necessidades do que como uma experiência de comunhão e proximidade com Deus. Terceiro, consideramos a oração um caminho para o poder e não para o amor. Até dizemos: muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder; nenhuma oração, nenhum poder. Quarto, nos habituamos a fórmulas e palavras e, sem o devido cuidado, oraremos automaticamente, diremos coisas que não temos realmente intenção de dizer. Coisas que não significam nada para nós, mas que dizemos porque é assim que se ora. Quinto, fizemos da oração um peso e não algo leve e refrescante para a vida.

Jesus orou muito, o que já nos informa que devemos orar muito e que a oração não é um remédio necessário a nós porque somos fracos. Embora ela nos fortaleça, o que é importante porque somos realmente fracos, a dedicação de Jesus à oração mostra que há algo nela para além disso. Não é apenas um expediente para momentos de luta e crise, mas também de muito mais um lugar de encontro, contemplação e entrega. Precisamos aprender a orar para estar com Deus. Talvez seja isso que a Madre Tereza quis dizer na conversa que teve com um jornalista sobre oração. Ele perguntou: Madre, quando a senhora ora, o que fala com Deus? Ela respondeu: Eu não falo, só escuto. E então ele disse: E o que Deus fala com a senhora? Sem demora ela respondeu: Ele não fala, só escuta! Orar para estar com Deus e descansar nele é algo que devemos procurar aprender. E para aprender, precisamos praticar.

No texto de hoje Jesus nos incentiva a uma atitude de modéstia e simplicidade na oração. Ele advertiu algumas vezes sobre o pecado dos fariseus que oravam no templo para serem vistos orando. Ele orienta que seus discípulos tivessem outra atitude. Orar pode até acontecer em público, com outros ouvindo o que dizemos a Deus. Mas a natureza da oração exige que o lugar seja a intimidade. Sem plateia. No secreto. Permitindo-nos o privilégio de estar com Deus e a liberdade de falar toda a verdade de nossa alma, seja ela qual for. Porque Deus nos ama e sabe quem somos. E também se importa porque Deus sabe quem somos, e nos ama! Não há quem melhor e mais carinhosamente ouve do que Deus. Estar com Ele, a portas fechadas, traz cura, perdão, refrigério e salvação. Ore. Ore diariamente. Orem sinceramente. Orem para se entregar, orem no seu quarto, seu lugar especial, feche a porta e fale com Seu Pai. Ele amorosamente escuta e recompensará!

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