País abre 34.392 novas vagas em setembro, 6º aumento consecutivo do ano
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na quinta-feira (19), pelo Ministério do Trabalho (MTb), “os números de setembro confirmam, mais uma vez, o processo de recuperação gradual do mercado de trabalho, como reflexo da retomada do crescimento da economia do País”, avaliou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira.
Importante citar a participação da Região Nordeste para este resultado – que fechou o mês com abertura de +29.644 postos –, o maior dentre as três regiões com maior desempenho: as regiões Sul (+10.534 postos) e Norte (+5.349 postos). Já nas Regiões Sudeste e Centro-Oeste houve redução, respectivamente, de -8.987 postos e -2.148 empregos.
O Brasil fechou o mês de setembro com nova alta no saldo de empregos formais – a sexta consecutiva e a sétima no ano. O crescimento foi de 34.392 postos de trabalho, aumento de 0,1% em relação ao estoque do mês anterior.
Tal resultado foi proporcionado pela diferença entre 1.148.307 admissões e 1.113.915 desligamentos. No acumulado do ano, o saldo positivo chega a 208.874 empregos, com aumento de 0,5% em relação ao estoque de dezembro de 2016.
Os números de setembro também contribuíram para melhorar o saldo acumulado de 12 meses, que ainda ficou em -466.654 postos de trabalho (-1,2% sobre setembro de 2016), mas representou uma melhora em relação ao acumulado de 12 meses até agosto, que foi de -544.658 postos de trabalho.
O Caged também mostrou que metade dos oito setores de atividade econômica apresentaram crescimento no nível de emprego. Os aumentos, pela ordem, foram verificados em Indústria de Transformação (+25.684 postos), Comércio (+15.040 empregos), Serviços (+3.743) e Construção Civil (+380 postos).
Na Indústria de Transformação, houve crescimento em 10 dos 12 subsetores, com destaque para a Indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico (+16.982 empregos). Os outros subsetores com saldo positivo foram Indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria (+3.914); Indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos (+2.345); Indústria da Madeira e Mobiliário (+2.325); Indústria metalúrgica (+1.666); e Indústria do material de transporte (+1.070). Apenas a Indústria da borracha e do fumo (-4.042 postos de trabalho) e a Indústria de calçados (-466) tiveram retração.
Do setor de Serviços, quatro dos seis subsetores tiveram saldo positivo: Ensino (+4.779 empregos); Comércio e administração de imóveis, valores mobiliários, serviço técnico (+2.050); Serviços médicos, odontológicos e veterinários (+2.019); e Transportes e comunicações (+485). As quedas foram registradas em Serviços de alojamento, alimentação, reparação, manutenção, redação (-4.017 postos); e Instituições de crédito, seguros e capitalização (-1.573 empregos).
Já no Comércio, houve saldo positivo tanto no subsetor Varejista (+13.174 postos) quanto no Atacadista (+1.866). A Construção Civil registrou saldo positivo em Obras para Geração e Distribuição de Energia Elétrica e para Telecomunicações (+2.293 postos) e em Instalações Elétricas (+1.050 postos).
As retrações em setembro foram verificadas nos setores de Agropecuária (-8.372 empregos), Serviços Industriais de Utilidade Pública (-1.246 postos), Administração Pública (-704 postos) e Extrativa Mineral (-133 postos).
Regiões e estados – OO Caged foi positivo em 20 das 27 unidades da Federação. O melhor resultado do mês foi de Pernambuco, que abriu 13.992 novos empregos, motivado principalmente pela expansão da Indústria de Transformação (+10.073 postos), Agropecuária (+3.728 postos), Comércio (+824 postos) e Construção Civil (+201 postos).
A Bahia (+2.297) esteve entre os resultados positivos, entretanto, o Rio de Janeiro (-4.769 empregos), Minas Gerais (-4.291) e Goiás (-3.493) tiveram as maiores reduções no estoque de empregos em setembro.
Segundo o Caged, o salário médio de admissão em setembro de 2017 foi de R$ 1.478,52 e o salário médio de demissão foi de R$ 1.685,37. Em termos reais (deflacionado pelo INPC), no acumulado de 12 meses, os ganhos reais foram de R$ 78,27 (admissão) e R$ 59,50 (demissão).