Neste outono, que parece verão, lembrei de uma noite nos anos 80, quando as areias do Abaete eram uma beleza única, era uma noite como nunca mais voltei a ver. A lua cheia estava parada acima das dunas, de modo que não era possível vê-la, e metade da sombra das dunas em tamanho reduzido. Tudo estava iluminado e banhado pela prata do luar. Todo aquele mundo, aquele céu, aquela lagoa, aquele ar, não existe mais, hoje a insegurança impera, não da mais para fazer serenata na lagoa do Abaete. Aquela magia do passado ficou na memória daqueles que foram naquela noite de verão. Mas mesmo que tenha sumido, ela existiu e foi real, nada no mundo é permanente e seria tolo se não apreciasse aquele momento nas dunas do Abaete enquanto o tive.
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