Suspeitos de estupro foram recebidos com protestos mais uma vez.
Segurança foi reforçada no entorno do fórum nesta terça-feira, 19.
Sob protesto de mulheres, os integrantes da banda de pagode New Hit chegaram ao fórum Edgar Mendes Quintelas, na cidade baiana de Ruy Barbosa, na manhã desta terça-feira (19), para o segundo dia de audiência de instrução do caso de estupro de duas adolescentes envolvendo componentes do grupo. A polícia reforçou a segurança no local para impedir que as manifestantes se aproximassem dos suspeitos.
Por volta das 9h, a juíza Márcia Simões iniciou a audiência com o depoimento da sétima testemunha de acusação. Também deve ser ouvida nesta terça-feira uma das adolescentes que acusam os integrantes da New Hit de estupro. Primeira audiência
A primeira garota foi ouvida na segunda-feira, 18, quando outras seis pessoas prestaram depoimento. A última pessoa a ser ouvida nesta segunda foi um dos músicos da banda. O depoimento dele foi encerrado por volta das 21h30. Até a quarta-feira (20), quando terminam as audiências de instrução, 32 pessoas devem ser ouvidas sobre o caso pela juíza Márcia Simões.
Os integrantes da banda de pagode New Hit são suspeitos de estupro contra duas adolescentes de 16 anos. O caso ocorreu no dia 26 de agosto de 2012, após um show em uma micareta de Ruy Barbosa.
Durante esta segunda-feira, uma das adolescentes que fizeram a denúncia foi interrogada pela promotora de Justiça que pede a condenação dos suspeitos. O depoimento dela durou cerca de três horas. Escoltada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), a garota chegou ao fórum acompanhada da mãe, de uma representante do Programa de Proteção (PPCAM) e da advogada do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca).
Dois policiais militares e a ginecologista responsável pelo laudo médico também estão entre as testemunhas ouvidas na segunda-feira. Uma mulher, cuja função no caso ainda não foi divulgada, também prestou depoimento durante a manhã.
Os advogados dos réus chegaram a solicitar a impugnação do depoimento da ginecologista, que confirmou o desvirginamento de uma das vítimas durante a investigação, mas a juíza não acatou o pedido e deu prosseguimento ao relato.
Duas testemunhas estão marcadas para serem ouvidas no dia 5 de junho, mas, de acordo com a promotora do caso, Marisa Jansen, a finalização do processo pode ser determinada ainda esse mês e sem as duas testemunhas serem ouvidas. “A juíza pode entender que há provas substanciais e assim, determinar a pena”, afirmou a promotora.
Protesto
No primeiro dia de audiência, os integrantes da banda chegaram em Ruy Barbosa acompanhados por advogados e também foram recebidos por manifestantes da Marcha Mundial das Mulheres.
Fonte: G1, com informações da TV Subaé