Nem todos entrarão

“Nem todo aquele que me diz: ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino dos céus, mas apenas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.” (Mateus 7.21)

Nem todos entrarãoO sermão do monte (Mateus capítulos 5 a 7) é bastante inquietante. Jesus faz afirmações muito contundentes sobre a fé e a espiritualidade humana. Nele fica claro que somente pela graça é que pertencemos ao Reino de Deus. O padrão é muito mais alto do que poderíamos corresponder. Porem, sob a ação da graça e pelo poder da presença de Deus, pessoas são transformadas e nelas a vontade de Deus se realiza. São essas as pessoas que entrarão no Reino dos céus. Dizer “Senhor, Senhor, não basta.

Dizer “Senhor, Senhor” pode significar muitas coisas: pertencer a uma igreja, ler a Bíblia, orar, cantar hinos, conhecer teologia e tantas outras coisas. Coisas que pessoas que entrarão no Reino dos céus fazem e normalmente com bastante comprometimento. Mas fazer isso não significa ser alguém que entrará lá. É Jesus quem está dizendo! Para entrar é preciso estar entre os que fazem a vontade do meu Pai celeste. Eles não vivem para si mesmos; não fazem da fé um caminho para realizarem as próprias vontades. Não estão tentando impressionar, alcançar poder, acumular riquezas. Sabem que precisam mudar, amadurecer, servir e dizer não a si mesmos. Sabem que suas vidas dependem de que se realize a vontade de Deus e não as suas próprias.

Eles não resumem a vontade de Deus a uma ou outra coisa. Eles já perceberam que ela envolve a vida por completo. Tanto os aspectos que a constituem (família, trabalho, sexualidade, bens e qualquer outro que se possa pensar), quanto sua duração. Envolve o que se faz e o que se é, bem como a compreensão que se tem da vida. Já entenderam que a vontade de Deus confirma a essência humana, mas se opõe aos desvios e ilusões. Tanto dá paz quanto causa inquietação. Essas pessoas, sobretudo, sabem que são amadas, sabem que não estão prontas e, diariamente, esperam em Deus. Jesus sabe exatamente quem são. Já nós… facilmente nos perdemos entre tantos “Senhor, Senhor”.

 

 

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