“Senhor, Senhor nosso, como é majestoso o teu nome em toda a terra!” (Salmos 8.9)
A felicidade tem uma estreita relação com o modo como olhamos a vida, com o que acreditamos sobre ela. Por isso o salmista nos convida a ver o universo como obra da criação de Deus e adorá-lo por meio do mundo criado. Para ele, é feliz quem olha para via e nela enxerga a Mão do Criador. O ser humano sem a visão de Deus, enquanto pensa se elevar, se reduz a uma casualidade, à consequência de um processo aleatório. Mas ele mesmo se contradiz, manifestando capacidades e inspirações que somente se explicam se cremos na criação.
Ao investigar omundo criado e assim identificar a lógica e a racionalidade que o envolve, é de se espantar que alguns homens sintam-se impelidos a não crer em Deus! Pois tamanha perfeição, no mínimo, convida-nos a cogitar sobre um ser inteligente e uma ação intencional por trás de tudo. Por outro lado, quem vê as belezas da natureza e a sabedoria da criação, e reconhece a grandeza de Deus, obtém muito mais que conhecimento. Percebe que há um sentido e uma razão para se existir. Percebe-se parte de algo feito com propósito e, o que é ainda mais especial, com amor. Sim, porque Deus, que é amor, fez tudo com amor e jamais deixou de amar Sua criação. Por isso a irresponsabilidade consigo, tanto quanto com o meio ambiente, é pecado, pois desagrada Aquele que tudo criou e tudo ama.
Quem vê a si mesmo como um ser com significado eterno, como resultado de algo maior que as improváveis coincidências da evolução das espécies, faz do mundo à sua volta um lugar de adoração. Diz-se que “quem canta seus males espanta”. Nem sempre. Mas quem crê, enfrenta e supera seus males, pois tudo à sua volta manifesta a presença de Deus. E na presença de Deus não há mal que subsista. Mesmo diante da dor, podemos manter a esperança, e diante dos problemas, estar em paz. Por isso, se queremos ser felizes este ano devemos, a despeito das circunstâncias e apesar dos males e tragédias deste nosso mundo caído, devemos ver a vida sob a influência da presença de Deus. Para que a felicidade não seja em nossa vida apenas uma coincidência, precisamos entender que somos muitos mais que uma mera casualidade.