Não vivendo em vão

“Sim, cada um vai e volta como a sombra. Em vão se agita, amontoando riqueza sem saber quem ficará com ela.” (Salmo 39:6)

Vimos até aqui sobre a fragilidade da vida e sobre a brevidade do ser humano. Mais uma vez o texto de hoje nos fala sobre isso. Mas esse texto também nos comunica uma outra problemática: o agito em vão e consequentemente o acúmulo em vão. Alguns sinônimos de “vão” podem ser: inútil, frívolo, fútil, que não tem valor. Ou seja, existem esforços e agitos que são inúteis, que não tem valor algum, aparentemente podem até ter, mas lá no fundo não tem. A mesma coisa para os acúmulos. Há alguns que são benção demais; outros podem ser desgraça para a vida. O que define cada um deles? A raiz.

Qual agito pode não ser vão? Aquele que constrói vida, aquele que traz significado de Deus para a existência, o que serve as pessoas. Sem esquecer daquele que edifica em mim valores do Reino de Deus. Em oposição a isso existe o agito em vão. Ele passa pelo egoísmo e por ali fica. Ele pode ser fuga de quem não sabe lidar com a realidade. É tão difícil encarar a si mesmo e as questões que precisamos resolver, que a alternativa mais rápida é o agito. Arrumar mil coisas pra fazer pra não precisar olhar no olho do outro com o qual eu deveria me retratar. Esse outro pode até mesmo ser o espelho. Essa inquietação e falta de eixo podem ser extremamente nocivas à vida saudável, além de serem fúteis.

O acúmulo em vão é tão asqueroso quanto o agito em vão. Mas talvez ele seja mais fácil de ser disfarçado. Pessoas podem acumular tudo na vida e no fundo no fundo não terem nada de fato. O acúmulo pode ser material, pode ser de títulos, elogios, status, conhecimento, conquistas, experiências etc. Se a raiz de qualquer um deles for podre, é em vão. O ruim é que dependendo do acúmulo as pessoas são admiradas e isso as pode iludir. Muitas pessoas frágeis se escondem atrás do poder que tem e isso dificulta elas serem enxergadas de fato. Dura realidade. Mas a misericórdia de Deus não desiste de nós. Podemos acumular de maneira que seja benção. Para isso, qualquer acúmulo que temos não deve tomar o lugar errado em nosso coração, deve estar à disposição do serviço ao Reino de Deus. Aí o que é eterno pode ficar para as pessoas, transformando a frivolidade em relevância. Não exista em vão. Exista para ser sal e luz do mundo.

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