“Mestre, qual é o maior mandamento da Lei? Respondeu Jesus: Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas.” (Mateus 22.36-40)
Não me lembro quantas vezes volto a esse texto ou faço referência a ele quando prego ou quando escrevo. Mas ainda assim percebo que não é o bastante. Ainda preciso avançar na compreensão do que significa meu compromisso com o maior de todos os mandamentos e do qual todos os outros dependem. Dele dependem toda a Lei e os Profetas. Não existe ensino que tenha alguma base sólida sem que decorra ou dependa do dever de amar. Amar a Deus e ao próximo é o lugar mais elevado do dever cristão e não existe vida cristã, fé cristã, igreja cristã se não há conexão e apego a este mandamento.
Quando as escrituras dizem que “o mundo jaz no maligno” ou “está sob o poder do maligno” (1Jo 5.19), devemos entender de imediato que esta condição significa que não há amor a Deus e nem ao próximo. O que o maligno faz é desvirtuar a existência humana, iludindo-a e conduzindo-a para que seja vivida sem amor. As vezes dentro da igreja, cheio de regras, com lindos códigos morais, mas sem amor. E também por sua face mais feia: corrupção, violência, mentira, desvios de toda sorte que ocupam nossa vida e relacionamentos. Tudo como resultado da falta de amor.
O chamado de Deus para nós como cristãos é para aprendermos a amar. Não venceremos o mal em nós e nem ao nosso redor por outro meio. Não alimentaremos uma vida ética e muito menos relacionamentos saudáveis se não amarmos a Deus sobre tudo e ao próximo como a nós mesmos. Devemos nos ajudar e estar vigilantes. O pecado que nos alcança, vindo de dentro e de fora, causando tristeza e para alguns escândalo, tudo é fortalecido pela falta de amor. O amor nos possibilita evitar o pecado e nos capacita a lidar com ele, em nossa própria vida e na vida do nosso irmão. Deus é amor. Não há envolvimento com Deus se não praticamos condutas amorosas. Não estamos vivendo como Deus espera se não estamos vivendo guiados pelo amor. Deus nos ama. Amemo-nos uns aos outros e permaneçamos em Seu amor.