Nossos cérebros são amarrados a regras, receios e mitos do senso comum. Leonard Mlodinow, um cientista multidisciplinar e projetista de games de computador, autor de “Primatas a Astronautas”, costuma contestar as verdades estabelecidas. Em seu livro “O Andar do Bêbado”, ele mostra como, em situações que envolvem o acaso, nossos processos cerebrais costumam ser gravemente deficientes. Ele demonstra como a cabeça fechada em modelos pré-concebidos é incapaz de notar e aproveitar oportunidades. Tem fartos exemplos para oferecer. Foi o caso de um livro considerado chato e maçante por inúmeras editoras. Um dia, no entanto, alguém resolveu publicá-lo, e ele se tornou um best-seller, com 30 milhões de exemplares vendidos até 2022. O título é “O Diário de Anne Frank”. Outro livro, de uma escritora britânica, foi rejeitado e desprezado por nove editoras, até que alguém notou seu potencial. O nome da autora é J.K. Rowling, e a obra era o primeiro volume de Harry Potter. Existem eventos assustadores da negação da novidade, como as revoltas contra as vacinas e o desprezo inicial por aparelhos como o telefone.
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