A Procuradoria da República do Distrito Federal entrou com uma ação civil pública contra a Rede Record, exigindo que a emissora desembolse 500.000 reais num fundo nacional de combate à discriminação e veicule campanhas educativas sobre o tema.
O pleito do MP está relacionado ao episódio em que o apresentador da edição do “Balanço Geral” de Brasília, conhecido como Marcão do Povão, chamou a cantora Ludmilla de “pobre e macaca”.
O bizarro apresentador, que já foi demitido, disse a seguinte barbaridade no ar: ““É uma coisa que não dá para entender. Era pobre, macaca, pobre, mas pobre mesmo”.
Na petição enviada à Justiça Federal, o Ministério Público pleiteia que a emissora produza e veicule por dez dias consecutivos, no mesmo horário do programa, uma mensagem de repúdio a práticas discriminatórias, além do pagamento de meio milhão ao tal fundo.
O entendimento do MP é o de que a Record reconheceu o cometimento do crime em nota oficial à imprensa, na ocasião em que demitiu o tal Marcão e, como responsável pelo que exibe em sua grade, também deve ser penalizada.
A ação individual contra a própria Record ou contra o apresentador deve ser de autoria da ofendida, nesse caso, Ludmilla.