Motivados pela graça de Cristo

“Reconhecendo a graça que me fora concedida, Tiago, Pedro e João, tidos como colunas, estenderam a mão direita a mim e a Barnabé em sinal de comunhão.” (Gálatas 2.9)

A história da fé cristã tem nuances inegavelmente divinas. Jesus escolheu doze, um deles o traiu. Os demais o negaram e, bem provavelmente, somente com a ressurreição, converteram-se. Eles se tornaram o referencial, um tipo de ponto de partida para o movimento cristão, a igreja. Mas Cristo revelou-se a um outro homem, Paulo. E fez do fariseu um apóstolo, revelando-lhe, direta e pessoalmente, o Evangelho. E ele “atropelou” os demais apóstolos, indo além, fazendo mais, tornando-se singularmente proeminente na história cristã primitiva.

Desde o início da história cristã perspectivas diferentes foram sendo formadas entre os seguidores de Cristo. Não foi sem razão que Jesus tanto falou sobre unidade, sobre a comunhão como sinal da fé nele (João 15 a 17). Eles precisariam aprender a buscar Cristo uns nos outros para que as diferenças entre eles não causassem divisão. Como cristãos, seja dentro de nossa igrejas ou entre igrejas, teremos sempre “bons motivos” para nos antagonizarmos, enquanto for a nós mesmos que buscarmos no outro, e não à graça Cristo.

Tiago, Pedro e João estenderam a mão a Paulo e Barnabé porque reconheceram que eram portadores da mesma graça que lhes fora concedida. Eles não faziam as coisas do mesmo jeito, não se sentiam chamados e servir às mesmas pessoas e não valorizavam as mesmas tradições judaicas, mas estavam sob a mesma graça. Enquanto não escolhermos fazer da Graça de Cristo uma razão suficiente para apertarmos as mãos, encontraremos enormes razões para nos rejeitarmos, esquecidos do que disse Jesus: “que eles sejam unidos para que o mundo saiba que me enviaste”.

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