Moradora do Monte Castelo transforma sua vida em obra de arte: a história de Maria da Conceição

Moradora do Monte Castelo transforma sua vida em obra de arte: a história de Maria da Conceição
A artista contou detalhes de sua vida. Fotos: OSollo

Quem passa pela rua Artur Neiva, no bairro Monte Castelo, em Teixeira de Freitas, enxerga uma residência que não passa despercebida pela ornamentação de sua fachada.

A casa da senhora Maria da Conceição Lins Nunes, 70 anos, se destaca pela beleza das pinturas feitas pela proprietária. Visitamos o lugar e descobrimos todo o seu talento.

Moradora do Monte Castelo transforma sua vida em obra de arte: a história de Maria da Conceição
Ela mostrou sua casa

Maria da Conceição é professora aposentada, mas, como ela relata, chega a ser fisioterapeuta, cabeleireira, costureira, dona de casa, jardineira… Artista plástica, ela nega, pois parece nome de quem fez faculdade para tanto.

O gosto pela pintura se desenvolveu enquanto buscava tratar de problemas pessoais. Primeiro, três panos de prato: “um colorido, um preto e branco e um de outro jeito lá”. Destacou-se o desenho de uma chaleira.

A matéria-prima para seus quadros está em toda parte: palhas de milho, ferramentas (mesmo enferrujadas)… Até chegar a 100 obras: 100 chaleiras diferentes.

Depois vieram novos desenhos, novas produções e a falta de espaço dentro de casa levou seu pincel para as paredes, os muros, o quintal, a fachada.

Moradora do Monte Castelo transforma sua vida em obra de arte: a história de Maria da Conceição
A arte tomou conta de seu quintal

Frustrada por não conseguir fazer uma cachoeira, ela se lembrou de Noé, que também não sabia construir uma arca, mas persistiu. Ao retornar, chorando, ela conta que conseguiu pintar a forma da água e ficou satisfeita.

Então vieram as encomendas, pedidos de conhecidos e serviços solidários. Sempre grata a Deus pela resposta concedida e pelos feitos na sua vida.

Mais recentemente, dona Maria descobriu um câncer de colo de útero avançado, que atingiu outros órgãos. Ela teria cinco anos para a cura, segundo os médicos. “Eu dava cinco dias, pois o laser do meu Pai funciona rapidinho”, conta.

Para ela, o milagre foi perceptível ao passar pela ressonância e não encontrar mais nada. E, por isso, confirmou sua fé.

Hoje, seus clientes são de todos os cantos da região e isso lhe proporcionou viver momentos especiais que, outrora, era mais difícil.

Ainda tivemos tempo de ouvir as histórias de diversas de suas criações, cada uma bem detalhada. “Então, eu fiz como uma maneira de me divertir, não por dinheiro. Eu preciso de comer, de vestir e de calçar, mas não tenho amor ao dinheiro. Meu amor todinho é para Deus”, finaliza dona Maria.

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