Nasci em 08 de fevereiro de 1957, em uma noite de lua crescente, no Hospital Espanhol, em Salvador. Meus pais, Antônio e Eufrosina, deram-me o nome de João Misael em homenagem aos dois avós: João Lantyer e Misael Tavares. Embora eu não entenda muito de astrologia, parece que ela tem algum sentido – talvez fortuitas – em relação à data de meu nascimento: segundo dizem, quem nasce em noite de lua crescente destaca-se pela sua determinação e é reconhecido pelo empenho com que se envolve nos projetos e, por vezes, pela sua teimosia. Esta insistência naquilo que deseja é, ainda assim, o que o ajuda sempre a alcançar as suas metas.
Ao longo da minha vida , exprimi o que considero verdadeiro e correto. Obedeci às leis da Igreja Católica, pois estão em sintonia com a minha consciência. Passei os primeiros anos da minha vida, na cidade de Porto Seguro, onde meu pai foi Juiz de Direito, que na época contava com apenas duas mil almas.
Quando nasci, meu avô já havia se aposentado, era coletor federal e meu avô materno cacauicultor. Convivi muito mais com o avô paterno, que visitava sempre nas férias na cidade de Queimadas, no sertão baiano, cidade de pessoas simples. Tínhamos eu e meus irmãos à disposição uma casa imensa “o Chalé” que foi construída pelo meu bisavô.
A vida no Chalé tinha algo especialmente acolhedor e sincero. Isso me marcou por toda a vida. Até hoje sinto Queimadas como meu lar. Até hoje lembro do trem chegando a estação, vindo de Alagoinhas. Sempre tive simpatia pelo que é simples e modesto. Mesmo nos tempos de prosperidade, as tentações do dinheiro nunca me atraíram. O apego pela minha terra e o trabalho persistente e disciplinado determinaram minha vida. Gosto de estar na natureza em comunhão harmônica e inspiradora.
A vida vem até nós passando primeiro pela mãe. Assim como aceitamos nossa mãe, aceitamos nossa vida. Seja o que for que tenhamos a criticar em nossa mãe, temos a crítica também em nossa vida. Quem se afasta da própria mãe, afasta-se da vida. Por isso, o primeiro êxito da vida se dá em nosso relacionamento com nossa mãe. Quem aceitou a própria mãe transmite alegria, é amado. A harmonia com a mãe é a chave para a felicidade.
Bonito depoimento de vida !
Parabéns Misael !