Minha casa

Minha casa

São seis cadeiras na sala de visita. Seis cadeiras escuras ao redor de uma mesa retangular. No centro da mesa um jarro. Na varanda, plantas soltas ao vento da noite. No canto da sala uma adega, onde pousam diminutos as rolhas de vinho em vasos transparentes. O longo corredor. Na sala de TV, a estante com livros. O vento pela janela aberta. Embaixo a calçada seca, as árvores. Na cristaleira, as taças de vinho. No alto o lustre. A cozinha, a máquina de café. O vento pelas persianas. O fogão vazio, o que lembra? O pingo d’ agua na torneira da pia. A luz da lua aclara a panela, ah. O pingo d’água. Dois comprimidos de ômega 3 sobre a mesa da cozinha. Que desordem, que desordem! No banheiro a escuridão e a pasta de dentes. E das trevas a banheira fantástica. A calça no prendedor? A maçaneta brilha, todos dormem. Afasto-me silenciosamente, entro no quarto, deito e durmo.

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