Minha biblioteca

Minha biblioteca

Sempre compro livros, e às vezes dou. Observando a lombada dos livros nas prateleiras da estante, pendendo a cabeça para o lado a fim de ler os títulos, li os nomes Herman Hess, com o livro Damian, Os irmãos Karamazov, de Dostoievski. W. Somerset Maugham, Servidão Humana e O Fio da Navalha, O Estrangeiro. Camus entre tantos outros. Cada um deles é um grande clássico, o que é inegável, mas, ao observar os títulos reunidos em um só lugar, pareceram-me a coleção de um amador, um iniciante em literatura que chegava a ser lamentável, mas do que vergonhoso, e eu sou tomado de uma sensação inexprimível.

Mas ao observar as lombadas e capas desbotadas, conseguia me lembrar da sensação de quando os tinha lido, a sensação de ser confrontado por algo, de ser testado. Conseguia me lembrar nitidamente da minha bunda na cadeira após ficar muito tempo sentado lendo, e do leve formigamento nas minhas pernas. Curiosamente, comecei a desejar relê-los algum dia. Comprei os livros pouco a pouco nos últimos vinte anos, tenho mais de 800 livros.

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