Os contratos futuros do minério de ferro caíram mais de 5%, pressionados por preocupações crescentes sobre as perspectivas de demanda na China, principal mercado consumidor do produto. Conforme o InfoMoney, o número registrado nesta terça-feira (20) é o nível mais baixo em mais de três meses.
Segundo o site, apesar dos esforços chineses para reanimar seu mercado imobiliário, reduzindo a taxa básica de juros dos empréstimos (LPR) de cinco anos em 25 pontos-base (bps), para 3,95%, em comparação com a previsão de um corte de cinco a 15 bps, isso não foi suficiente para compensar a queda do mercado de ferrosos.
Ainda de acordo com a publicação, em maio o minério de ferro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian, na China, encerrou as negociações do dia com queda de 5,41%, a 909,5 iuanes (126,35 dólares) por tonelada, o menor valor desde 1º de novembro. O minério de ferro de referência de março na Bolsa de Cingapura, por sua vez, caiu 4,39%, para 121,8 dólares a tonelada, o menor valor desde 8 de novembro.
“O Banco do Povo da China optou por manter inalteradas as taxas de juros de seus empréstimos de um ano, levantando preocupações sobre a demanda no curto prazo… As novas construções parecem fracas, com as vendas de novas casas caindo 34% no ano a ano em janeiro”, disseram analistas do ANZ Bank.
Na avaliação de analistas do Commonwealth Bank of Australia, os “ventos contrários” do setor imobiliário da China, que é responsável por 30% a 35% da demanda de aço, devem persistir mesmo em ritmo mais moderado.
“A queda acentuada no preço deve-se, em parte, ao fato de a recuperação da demanda de minério, refletida pela produção de metal quente, ter sido mais lenta do que o esperado após o feriado”, disse um trader chinês, que preferiu permanecer no anonimato.
Fonte: Bahia.ba