O informe semanal reúne as informações encaminhadas pelas secretarias estaduais de saúde até 23 de julho. Outros 3.062 casos permanecem em investigação
Novo boletim do Ministério da Saúde, divulgado nesta quarta-feira (27), aponta que, até 23 de julho, foram confirmados 1.749 casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita. Permanecem em investigação pelo Ministério da Saúde e pelos estados 3.062 casos suspeitos de microcefalia em todo o país.
Desde o início das investigações, em outubro do ano passado, 8.703 casos foram notificados ao Ministério da Saúde. Destes, 3.892 foram descartados por apresentarem exames normais, ou por apresentarem microcefalia ou malformações confirmadas por causa não infecciosas. Também foram descartados por não se enquadrarem na definição de caso.
Do total de casos confirmados (1.749), 272 tiveram confirmação por critério laboratorial específico para o vírus Zika. O Ministério da Saúde, no entanto, ressalta que esse dado não representa, adequadamente, a totalidade do número de casos relacionados ao vírus. A pasta considera que houve infecção pelo Zika na maior parte das mães que tiveram bebês com diagnóstico final de microcefalia. Os 1.749 casos confirmados em todo o Brasil ocorreram em 609 municípios, localizados em todas as unidades da federação e no Distrito Federal.
No mesmo período, foram registrados 371 óbitos suspeitos de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) no país. Isso representa 4,3% do total de casos notificados. Destes, 106 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 200 continuam em investigação e 65 foram descartados.
O Ministério da Saúde ressalta que está investigando todos os casos de microcefalia e outras alterações do sistema nervoso central informados pelos estados, além da possível relação com o vírus Zika e outras infecções congênitas. A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos além do Zika, como Sífilis, Toxoplasmose, Outros Agentes Infecciosos, Rubéola, Citomegalovírus e Herpes Viral.
A pasta orienta as gestantes adotarem medidas que possam reduzir a presença do mosquito Aedes aegypti, com a eliminação de criadouros, e proteger-se da exposição de mosquitos, como manter portas e janelas fechadas ou teladas, usar calça e camisa de manga comprida e utilizar repelentes permitidos para gestantes.
Distribuição dos casos notificados de microcefalia por UF, até 23 de julho de 2016
Regiões e Unidades Federadas Casos de Microcefalia e/ou malformações, sugestivos de infecção congênita Total acumulado1 de casos notificados de 2015 a 2016
Em investigação Confirmados2,3 Descartados4
Brasil 3.062 1.749 3.892 8.703
Alagoas 63 79 189 331
Bahia 652 282 284 1.218
Ceará 152 136 260 548
Maranhão 93 134 62 289
Paraíba 249 155 494 898
Pernambuco 398 376 1.300 2.074
Piauí 12 92 74 178
Rio Grande do Norte 191 123 135 449
Sergipe 76 117 57 250
Nordeste 1.886 1.494 2.855 6.235
Espírito Santo 88 22 68 178
Minas Gerais 68 4 63 135
Rio de Janeiro 317 95 187 599
São Paulo 365 11 189 565
Sudeste 838 132 507 1.477
Acre 12 2 30 44
Amapá 2 7 4 13
Amazonas 13 8 5 26
Pará 56 1 0 57
Rondônia* 4 5 9 18
Roraima 4 10 13 27
Tocantins 63 17 88 168
Norte 154 50 149 353
Distrito Federal 4 6 39 49
Goiás 39 15 95 149
Mato Grosso 92 36 128 256
Mato Grosso do Sul 10 5 14 29
Centro-Oeste 145 62 276 483
Paraná 0 4 37 41
Santa Catarina 3 1 6 10
Rio Grande do Sul 36 6 62 104
Sul 39 11 105 155
Por Camila Bogaz, da Agência Saúde
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