Meus interesses, seus interesses

“Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros.” (Filipenses 2.4)

Cuidar dos interesses dos outros. Onde Paulo estava com a cabeça quando orientou os cristãos de Filipos a agirem assim? E agora, nós, em pleno século 21, lendo suas cartas e buscando nelas orientação para nossa vida como cristãos, nos vemos diante dessa palavra! Que tem isso a ver conosco?! Temos tantas coisas para fazer e tantas vezes nossos próprios interesses se acumulam sem receber nossa atenção! Mais uma vez: onde Paulo estava com a cabeça quando pediu tal coisa?! A resposta é simples: estava com a cabeça no Reino de Deus. Tinha em mente o Rei Jesus que veio a nós, por nossa causa, para cuidar dos nossos interesses. Concordemos ou não a vida cristã tem dessas coisas difíceis. Desafia-nos a ser imitadores do próprio Deus: “Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus.” (Ef 5.1-2)

A fé cristã nos envolve, do começo ao fim, em relacionamentos. Com Deus e com as pessoas. Ela nos chama à comunhão com Deus e nos envia a cuidar do nosso irmão e a partilhar a vida e a graça que recebemos de Cristo, com todos. Ela nos envia ao mundo para sermos testemunhas do amor de Deus. Como fazer isso sem amor ao próximo? E como amar sem nos dar? Sem nos ocupar do outro? Somos chamados a dar o que recebemos. E de graça, sem exigir nada de volta, sem esperar reconhecimento (Mt 10.8). Mas, desde muito tempo, já no primeiro século, funcionamos no sentido oposto. Somos egoístas e não queremos ser incomodados. Satanás sabe disso e prontamente nos ajuda a permanecer assim, enchendo-nos de boas razões para sermos e fazemos o contrário do que Deus pede. Agimos como se jamais fôssemos precisar de outras pessoas, de sua boa vontade, de sua generosidade. Pecamos duplamente: por ignorar o quanto necessitados dos outros e por não ajudar na necessidade do outros.

Aqueles irmãos precisavam ser lembrados de que, como seguidores de Cristo, eles deveriam valorizar e também ocupar-se do que era importante para outras pessoas, doando-se, servindo. Nós também precisamos dessa lembrança. Olhe à sua volta e interesse-se mais. Pergunte com verdadeiro interesse: tudo bem? E ouça mais que as palavras. Preste atenção no olhar. Pergunte o nome das pessoas com mais frequência e ofereça sua ajuda. Há muitos aproveitadores por aí, mas há muitos necessitados também. Quando estiver no templo para adorar a Deus, adore-o tratando com amor as demais pessoas que lá estiverem. Ajudem-nas a se sentirem acolhidas, ajudem-nas a entender a adoração. Ainda que já tenha amigos bastantes, inicie novas amizades. Você tem, mas, e a outra pessoa? Há uma multidão de pessoas esperando por você. Doe-se para pelo menos uma. Diariamente!

 

 

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