Fiz uma perícia trabalhista, de um funcionário que cuidava de menores infratores, na
Fundação Cidade Mãe, criada em 1995, pelo poder público municipal. O trabalho da FCM está voltado para a superação do quadro de desigualdades sociais por meio da formulação e execução de políticas públicas de atendimento a crianças, adolescentes e jovens em situação de risco pessoal, social ou de violação de direitos, na perspectiva da sua promoção, defesa e proteção. Fiz a perícia de uma “Educadora Especial”, num local para onde a corriam á noite a grande maioria das crianças e adolescentes que ao longo do dia utilizam a rua como morada, sendo muitos viciados em drogas, desajustados psíquico sociais, homicidas, e assaltantes, ali fazem atividades lúdicas e esportivas. Eu não entendia como o Estado era falho com referente a estas crianças. Eu não sabia que, aos dezenove anos, trinta por cento dos menores terão sido encarcerados. Entendi que a maior parte de nós não consegue sobreviver aos primeiros empregos, a primeira morada, aos primeiros amores ou aos primeiros grandes erros, sem a família para nos apoiar. Precisamos de dinheiro, de amor, de conselhos e de encorajamento mesmo bem depois dos nossos aniversários de dezoito anos, especialmente se celebramos esse aniversário em uma instituição como a fundação Cidade Mãe.
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