Estou imerso na escuridão da minha alma. A respiração cadenciada e regular.
Na inspiração, o diafragma se contrai e abaixa e as costelas se contraem e se elevam, isso aumenta a caixa torácica, diminui a pressão interna e força a entrada do ar nos pulmões.
Já na expiração, a musculatura relaxa e o processo é inverso. Sinto as batidas do coração. É um torpor sem sonho, como se estivesse esperando a morte. A fuga através da meditação. Tentei deixar que minha respiração profunda levasse minha ansiedade crescente. Sempre chega o momento em que é preciso escolher entre a contemplação e a ação.
Há Deus ou o tempo, a cruz ou a espada. Ou este mundo tem um sentido mais elevado que ultrapassa suas agitações, ou somente essas agitações são verdadeiras. É preciso viver com o tempo e morrer com ele, ou fugir dele para uma vida maior. Na meditação vejo que o mundo não passa da fumaça dos nossos intelectos. Mais uma vez pensei no vazio e no horror da realidade.