Na quarta-feira, 03 de março, um manifesto de médicos do município de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, passou a “viralizar” em todos os grupos de mensagens, ganhou as redes sociais e estampou manchetes de sites locais. No documento, de 13 páginas, os profissionais – das mais diversas áreas médicas ligados ao SUS e à rede particular de planos de saúde – pedem um enfrentamento imediato e mais assertivo à covid-19 por parte do poder público local.
São, ao todo, 267 médicos que assinam o documento que pede a adoção de um tratamento precoce contra a pandemia. A combinação, segundo a orientação médica, observa a prescrição dos seguintes medicamentos: hidroxicloroquina, ivermectina, bromexina, azitromicina, nitazoxanida, zinco, vitamina D e anti-coagulantes, além de corticóides.
- Leia na íntegra o Manifesto tratamento precoce RS
Ao atingir a marca de 260 óbitos, em Santa Maria, os médicos afirmam pautar tal decisão “em estudos científicos atualizados (…) e em medicamentos com os quais temos experiência de longa data (…)”. No documento, os profissionais evocam o artigo 32 do Código de Ética Médica que traz ser considerada infração grave “deixar de usar todos os meios disponíveis de promoção de saúde e de prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças, cientificamente reconhecidos e a seu alcance, em favor do paciente”.
Em um trecho, os médicos – todos assinam nominalmente o ofício – afirmam que “em um momento que centenas de casos surgem em nossa cidade, não podemos ficar de braços cruzados e deixar de tratar esses pacientes!”.
Eles também destacam que cabe ao médico ter a autonomia de decidir pelo tratamento a ser adotado àquele paciente que, porventura, tenha sido acometido pela covid-19. Além disso, o grupo reitera que qualquer outra orientação, que não faça uso do tratamento precoce, não os representa.
Na Câmara de Vereadores de Santa Maria, o parlamentar Tubias Calil (MDB) apresentou um Projeto de Lei (PL) que trata da disponibilidade gratuita de kits de medicamentos para o tratamento precoce contra a Covid-19 por meio do SUS. A ideia do vereador é que, enquanto perdurar esse momento pandêmico, o Executivo municipal dê essa retaguarda.
“É um projeto de lei, que tem o embasamento de 267 médicos, e se trata de uma medida de extrema urgência e necessidade a adoção de tratamento precoce. Até porque o tratamento está respaldado com estudo científico, então é importante o poder público aceitar isso. Não teremos, nessa largada de vacinação, imunização para todos. Em função disso tudo, o tratamento é uma forma de ganharmos tempo e salvarmos vidas”, destaca o vereador.
ACESSE AQUI O PROJETO DE LEI.
Informações: Diário